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A Gramal foi criada em 2019, em Florianópolis, por Matheus Feijó (voz, guitarra e composições), Victor de Franceschi (baixo) e Guilherme Garcia (bateria), cada um com referências distintas. Em 2021, a banda apresentou o primeiro single, “Marina”, gravado em um grande estúdio da região. Apesar de a estética do grupo já estar ali, o resultado não agradou tanto. “Foi nosso primeiro contato com estúdio, produzimos em um lugar com uma estrutura surreal, foi um susto do caralho. A música acabou saindo de um jeito meio quadrada, ficou legal, a gente ainda curte, mas rolou uma reestruturação”, contou o vocalista. Em “O teatro”, faixa lançada em setembro do ano passado nas plataformas digitais, já como quarteto, com a entrada de Djonathan Hinckel na guitarra solo, a Gramal já soa diferente, ainda que seguindo no samba-rock. Além de amadurecer a proposta sonora, a banda também mudou a identidade visual.
O último single faz parte do primeiro álbum do grupo, “Avaranda”, que deve sair no fim do segundo semestre deste ano. Com sete canções, o material está sendo produzido por Bernardo Pereira, baterista da banda Portão Azul. O próximo lançamento, “Lagoa”, traz influências do folk e do country, e mostra que o registro “será uma verdadeira explosão de sabores”, segundo Feijó. Com o cronograma atrasado em virtude de compromissos dos integrantes, o quarteto divulgará mais um single (“Amossol”) antes de soltar o álbum para audição. Até o momento, a Gramal tem as guias de voz e violão de seis faixas gravadas e pretende retomar os trabalhos em estúdio para finalizar o repertório. “Avaranda” se refere à reformulação da banda, de criar algo além do que já existia. “Antes era dentro e agora é dentro e fora”, explicou. Em contato com o Rifferama, o vocalista, guitarrista e compositor Matheus Feijó falou sobre as sonoridades diferentes que constituem a música da Gramal.
— “Marina” contribuiu muito para entender o que estava soando Gramal e o que não estava. Com “O teatro” a gente conseguiu mais ou menos aproximar o que cada um queria expressar, rolou um amadurecimento que foi fruto de bastante conversa. Tivemos um problema com questão de cronograma, não conseguimos casar a agenda, todo mundo faz faculdade e ficamos sem ir no estúdio desde o lançamento do single. A maior parte das guias ainda é voz e violão, no cru é muito samba-rock mesmo, mas cada um de nós tem uma referenciação mais ou menos distante. Um curte mais música pop, trap, o Vitão gosta de gospel, toca em igreja evangélica, o guitarrista solo é mais do blues, eu curto mais MPB e jazz, e temos tentado explorar tudo isso. No próximo single metemos um ijexá no meio da música. O álbum está uma loucura, coisas muito distantes, mas que casam muito bem com o que a gente está tentando expressar.
Foto: Nathalia Daiana