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Gustavo Kaly sela parceria com Wander Wildner com álbum

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Depois de mais de 20 anos de parceria, Gustavo Kaly e Wander Wildner (ex-Os Replicantes) estão gravando um álbum juntos. O cantor, compositor e instrumentista catarinense, que é conhecido pelos trabalhos com as bandas Enzime e Stuart, deixou Blumenau em 2005 para morar em São Paulo, onde a amizade com o ícone do rock gaúcho se intensificou. Fizeram turnês juntos, viajaram para outro país e, quando Kaly se mudou para a Europa, em 2013 (hoje vive na Espanha), Wildner visitou o parceiro em duas ocasiões. Nesses encontros surgiram as primeiras ideias de composições em conjunto, como “Deixa isso pra lá”, que tem um videoclipe filmado em Barcelona e faz parte do EP “Delírios do Sul do Mundo em um pub irlandês”, lançado em 2016. Recentemente, o guitarrista Gabriel Guedes, da banda Pata de Elefante, entrou para o projeto do disco, que deve ser prensado em LP e terá de oito a dez músicas.

A ideia é que o material esteja pronto até o fim de 2023, pelo menos a parte digital, para as plataformas. Até o momento foram divulgadas quatro faixas do álbum. Além de “Deixa isso pra lá”, que faz parte do repertório dos dois artistas até hoje, a dupla tem “Depois que a guerra terminou” e “Sempre que eu posso eu fujo do inverno” no ano passado e “Antes do café da manhã”, que saiu no dia 24 de fevereiro. A canção já conta com Guedes na banda e teve a participação de Luciano Bolobang na bateria. Em contato com Rifferama, Gustavo Kaly falou sobre a parceria de longa data com Wander Wildner, o quanto essa amizade impactou na sua carreira e também sobre o processo de produção desse trabalho, que vem sendo construída de forma lenta. O Pata de Elefante deve gravar o instrumental de outras quatro músicas do disco.

— A ideia do disco é recente, no ponto de vista de linha do tempo. A partir desse EP de 2016 começamos a gravar músicas a distância para, de repente, chegar numa quantidade para publicar um vinil. Estamos fazendo uma por uma. Como é um processo muito lento, vamos fazendo nas brechas que temos, as turnês deles e a minha vida aqui, a ideia é que esteja pronto até o fim do ano a parte digital, quando tivermos oito ou dez músicas. O vinil mesmo não sei quando sai, mas estamos nos divertindo muito, essa é a parte importante. Conheci o Wander em 2000 e nunca mais paramos de nos encontrar. Ele gravou mais de 20 músicas minhas e é uma peça muito importante para tudo que aconteceu para reconhecimento meu. Metade do meu público partiu do hype que ele fez, devo muito a ele isso. Estamos querendo selar a parceria com esse disco, é o projeto da nossa vida em comum, um selo mesmo.




Foto: Aline Biz

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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