HARES apresenta prévia de primeiro EP com single nostálgico

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A DJ e produtora Suellen Nascimento viveu dois momentos determinantes que a levaram para o universo da música eletrônica. Ainda na adolescência, a catarinense de Imbituba começou a frequentar festivais do gênero e se apaixonou pelo psy trance. O gosto pelo ritmo se tornou profissão e em 2017 a fotógrafa se dedicou a fazer a cobertura de eventos. Morando em Florianópolis desde 2021, Suellen trabalhou em casas como o Terraza Music Park, onde teve contato com outras sonoridades, em especial o house, que é mais comercial, e conheceu DJs importantes nesse segmento. O próximo passou foi estudar discotecagem. Suellen queria tocar, mas as próprias criações, então se encontrou na produção musical. No dia 13 de janeiro, a artista apresentou o seu projeto solo, HARES, com o single “Calling”, primeira prévia do EP “Disco Feelings”, que será lançado no dia 28 de fevereiro nas plataformas digitais.

Com quase seis minutos de duração, a faixa traz influências do house e da disco music dos anos 80, com bastante groove e uma sonoridade percussiva. A estética de “Calling” será seguida nas outras três tracks do EP, todas compostas e produzidas por Suellen, que carrega referências de outros campos da arte (e não só). O nome HARES (lebres em inglês) faz uma analogia com o primeiro filme da série “Matrix”, de 1999. “A lebre é um animal xamânico. Dentro de uma religiosidade, das coisas que eu acredito, ele é interpretado como um animal ágil, que traz prosperidade, levo a essa analogia também para dentro do EP e toda a construção do projeto. No Matrix, o Neo é induzido pela lebre a seguir a moça em busca da verdade. Além de ser esse animal poderoso, de criatividade, ele também traz a informação da realidade”, comentou. Em contato com o Rifferama, Suellen falou sobre a sua relação com o eletrônico e a musicalidade de “Disco Feelings”.

— A música sempre esteve muito presente, por influência do meu pai, que me ensinou a tocar violão. Dentro da cena em que comecei a produzir, meu primeiro contato foi em torno de 2013. O psy trance foi minha primeira influência dentro da música eletrônica. A cobertura de eventos me trouxe a chance de entrar nesse mundo, tinha contato com os artistas, via os DJs tocando e me interessava cada vez mais na música. Eu não queria tocar música dos outros, esse processo do estúdio sempre me chamou mais atenção do que os eventos. A produção musical é uma forma de expressar a minha criatividade, seguindo aquilo que me sinto confortável. Minhas influências hoje vêm muito do house, da disco, essa nostalgia dos anos 80, que é o que gosto de fazer e produzir. As músicas do EP serão na mesma levada de “Calling”, um som dançante, pra pista. Esse processo criativo está desenvolvendo uma parte de mim, da minha personalidade, expondo os meus sentimentos dentro da música eletrônica.  

Foto: David Allan