inpurge-rifferama

Inpurge: representatividade no metal extremo catarinense

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Camerata Florianópolis e TUM Festival


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

Isadora Stefano (guitarra e baixo) percorreu um longo caminho até conseguir ter a sua banda de metal extremo composta só por mulheres. A ideia de criar a Inpurge surgiu no fim de 2022, sendo que a primeira versão do projeto contava com Rubia Domeciano nos vocais e no baixo e Lakshmi Bittencourt na bateria — hoje as duas fazem parte da Cruciate. Pouco tempo depois o grupo se tornou um quarteto com a entrada de Jacyara Bosse (guitarra e baixo). Foram quase dois anos de mudanças de integrantes até fechar a formação com Larissa Meurer (voz, Alocer) e Rafaela Mainchein (bateria). A estreia nos palcos aconteceu em agosto, na Célula Showcase, ao lado de Deadnation, Oath of Persistence e Pacta Corvina (RS), antes do lançamento do primeiro single, “Helpless Hate”, que saiu no dia 17 de setembro nas plataformas digitais.

O processo de gravação de “Helpless Hate” foi documentado pela banda e compartilhado em um vídeo (assista aqui) com imagens de bastidores. A faixa foi produzida, mixada e masterizada por John Pevani, com captação de voz no AeroTullio Sound Distillery e bateria no Sonic Vision Studios, ambos em Florianópolis. Com influências de subgêneros como death, thrash e do groove metal, a Inpurge se destaca pela dinâmica entre Isadora e Jacyara, que revezam entre a guitarra e o baixo. A introdução da guitarra de sete cordas trouxe outras possibilidades para o som do grupo, que no momento está trabalhando em novas composições para um álbum, que deve começar a ser gravado em 2026, além de preparar um repertório maior para os shows. Empolgadas com a recepção da apresentação de estreia e do single, a Inpurge quer empoderar outras mulheres no metal. Em contato com o Rifferama, Isadora Stefano falou sobre os primeiros passos da banda.

— Na época que nos juntamos para fazer um projeto não tinha nenhuma banda além da Dirty Grills na nossa cena, é um som diferente, queríamos fazer algo mais pesado. O nosso processo de composição atrasou um pouco nessa saga de achar baterista e vocalista. Ter uma banda só de mulheres era uma vontade compartilhada entre nós quatro, está sendo uma experiência esse sentimento de poder dividir com elas essa representatividade que estamos trazendo, não só no visual, mas também nas letras. Falamos da luta das mulheres por espaço, nessa tentativa de pertencer a um lugar predominantemente masculino. Recebemos muitas palavras de carinho e estamos felizes com o que estamos conseguindo realizar, pela repercussão e olhares que estamos recebendo. Queremos fazer um álbum, temos várias ideias de poder tocar e conseguir alcançar esses lugares. Os convites que já recebemos nos dão energia para continuar.

Foto: Wendy Azevedo

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *