instunt-rifferama

Instunt: laboratório de sons e escola de Amarildo Linzmeyer

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Camerata Florianópolis e TUM Festival


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A experiência de Amarildo Linzmeyer com produção musical começou em 2020. Sem poder fazer shows ou ensaiar com a Rockfellers, banda que criou em São Bento do Sul, no Planalto Norte do estado, o cantor, compositor e baixista comprou equipamentos de áudio para estudar mixagem. Esse período de aprendizado, que segue até hoje, resultou em cinco singles e no EP “Hell No”, lançado em 2024 nas plataformas digitais em comemoração aos 20 anos do grupo, que conta também com Cristiano Fendrich (guitarra) e Luis Gustavo Erzinger (bateria). Para exercitar essa veia criativa e evoluir na questão técnica, Linzmeyer criou o Instunt, projeto sem pretensões além de se divertir gravando e produzindo com amigos. A primeira faixa, “Let It Fall”, saiu em 2022 e traz Juliano Froehner nos vocais, por exemplo.

A regra é clara. Se a ideia não cabe para usar na Rockfellers, que tem um disco lançado em 2012, “When It Explodes”, o músico aproveita para o Instunt. E mesmo se inspirando em Tom Waits na hora de escrever, o cantor e compositor não quer se prender a nenhum estilo. “Quero que as músicas do Instunt sejam todas diferentes. Se eu resolver fazer death metal, vou fazer. Se eu quiser fazer um tango ou uma valsa, vou fazer também”, explicou. Neste ano, o projeto soltou duas faixas, “Upstanding Citizen” e “Late At Night”, publicadas em agosto e setembro, respectivamente. A primeira, segundo o autor, fala do cidadão de bem que vai na igreja aos domingos, mas adora armas, fala em família, mas tem amante, etc., enquanto a segunda aborda reflexões e situações comuns entre pessoas jovens. Em contato com o Rifferama, Amarildo Linzmeyer falou sobre o objetivo e os próximos passos do Instunt.

— A Instunt é um projeto meu em que faço música sem compromisso com nada nem ninguém. Só eu, quando eu quero, como eu quero. São músicas que acabaram não se desenvolvendo com a Rockfellers ou as outras bandas que já participei. Tenho dezenas de riffs, partes e bases que, de vez em quando vou lá no arquivo, ouço algo e surge uma ideia. Está sendo algo bem viciante desde que resolvi ter um estúdio em casa. Essas músicas acabam sendo um laboratório para aprender sobre gravação, mixagem, testar microfones, efeitos, etc. É diversão garantida. O processo me interessa mais que o resultado. É a minha terapia. Outra parte boa é poder contar com amigos como convidados, trocar ideias com outros músicos é incrível. Estou trabalhando em mais duas, mas não gosto de colocar prazo. Vou fazer agora seis músicas com o guitarrista da Rockfellers, provavelmente o Instunt demore um pouco mais, mas vão sair.


Foto: Evaldo Cemin

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *