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Desde o lançamento do primeiro single, em 2017, após uma participação de destaque no programa The Voice Brasil (foi semifinalista), a cantora e compositora Jade Baraldo vem construindo uma carreira sólida. Três das suas músicas entraram para as trilhas sonoras de novelas da TV Globo, incluindo Pantanal, e a catarinense de Brusque já gravou com artistas e bandas como Nando Reis, Luccas Carlos, Barão Vermelho, Gabriel O Pensador, Fresno, entre outros. A lista de parcerias mostra a versatilidade de Jade, que é frequentemente associada ao pop, mas canta do rock ao rap, passando pelo funk e o eletrônico. A primeira influência, no entanto, foi a MPB, que aprendeu a amar acompanhando os pais pelas noites do Rio de Janeiro, onde viveu quando criança e voltou aos 16 anos para perseguir o seu sonho. O novo EP, “INFAME”, lançado na última sexta-feira (dia 1º), traz a cantora experimentando outra sonoridade, a do deep house, que deve ser o norte para os próximos trabalhos. “Eu enjoo fácil das coisas, até de mim mesma. Procuro estar aberta a fazer coisas diferentes”, contou.
Com cinco faixas, “INFAME” pode ser considerado o primeiro EP de inéditas de Jade Baraldo, que tem outros seis registros nesse formato com versões ao vivo, acústicas, instrumentais, remixes, etc. “Fim de festa”, primeiro single do material, que ganhou videoclipe dirigido por Felipe Gomes e Van Foxter, foi um indicativo da estética que a artista escolheu para produzir o seu último lançamento. A opção pelo deep house foi tentar fazer um música que trouxesse os elementos que caracterizam a sua identidade, como a voz, letra e melodia, com um ritmo mais acelerado, para pista. “INFAME”, que aborda assuntos como a desigualdade de gênero e as situações de discriminação enfrentadas pelas mulheres, tendo como pano de fundo um término de relacionamento, abre caminho para o segundo álbum da cantora, que está sendo preparado para 2024 ao lado do produtor e parceiro de composição Mauricio Oliveira. Em contato com o Rifferama, Jade falou sobre a expectativa com o EP e sobre a nova sonoridade.
— As minhas músicas são dançantes, mas são muito médio beat, não são músicas de tocar em balada, nunca explorei esse lado. Estava tentando achar uma união sonora que condiz comigo, que tenha também instrumento orgânico para dar um peso a mais, só a música eletrônica sozinha não tem aquele caldo. Consegui me achar no deep house, ao mesmo tempo que tem o beat tem uma bateria tocando e junta todos esses elementos que fazem ser quem eu sou. É um EP bem redondo, é o trabalho mais redondo que fiz até agora, até mais do que o meu primeiro álbum (de 2019). Ele está bem coeso, conta uma história, tem várias nuances. Não gosto de ficar falando para não influenciar, mas é tão diferente que prefiro esperar a reação das pessoas primeiro. Espero que as pessoas se identifiquem com o meu propósito. O EP fala muito de relacionamento, muitas pessoas vão se identificar com isso, ele tem uma certa sofrência, segue meio que um ciclo de uma relação, então tem músicas deprês, sexys e empoderadas, pra não ficar só na fossa. “INFAME” é o aquecimento para o meu álbum. As músicas já estão prontas.
Foto: Gabriel Galvani