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Marco Antonio Jaguarito tem um trabalho como compositor que por muito tempo ficou restrito ao seu público: as crianças. O educador musical, que já tem uma trajetória consolidada nessa área, decidiu tirar as suas antigas canções do papel e se apresentar como artista solo. As duas facetas do seu repertório autoral, a voltada para a infância e a “alternativa”, vão coexistir, mas separadas: o single “Certo”, divulgado no dia 30 de abril nas plataformas digitais, é a versão roqueira, mas não só, de Jaguarito. A faixa integra o EP “Certo instante antes do verão continuar” (faça o pré-save), que chega nesta quarta-feira (7) com mais duas inéditas e uma versão acústica para “Antes do verão”, composição sua com letra do escritor Fábio Brüggeman, gravada originalmente no disco “SIM/NÃO” (2010), da Samambaia Sound Club, banda da qual participou entre 2005 e 2009. Já o material para as crianças será creditado como Marco Antonio Jaguarito e está sendo produzido com Carlos Trilha, mas esse é um assunto para outro post.
O artista apresentou essas canções pela primeira vez ao vivo em outubro do ano passado, no Prêmio Julio Lemos, promovido pelo Desterro Autoral. Na ocasião, o músico foi acompanhado por Daniel Gomes (baixo) e André Guesser (bateria). Os ex-companheiros de Samambaia Sound Club também participaram da realização do EP, que foi produzido no seu estúdio Morada dos Sons, em Jaraguá do Sul, com gravações adicionais em Florianópolis. “A gente sempre manteve contato e, pensando na sonoridade que eu queria, sabia que a musicalidade do Daniel contribuiria. Confio muito na bateria do André, que me conhece de vários carnavais, fechou bonito”, comentou. Agora que essa etapa foi desbloqueada, o cantor e compositor pretende fazer mais um EP com quatro músicas e seguir produzindo em paralelo a esse trabalho das infâncias, que aflorou o seu lado criativo. Em contato com o Rifferama, Jaguarito falou sobre essas duas frentes de trabalho.
— Esse trabalho da educação musical foi um campo enorme para eu voltar a compor, estar ali com as crianças você está criando toda hora, isso me potencializou. Nesses experimentos, fui criando arranjos que não caíam bem nesse ambiente de infância, e fui percebendo que tinha a possibilidade de trabalhar com ritmos e momentos da minha trajetória musical. Esse trabalho com a infância não está gravado, só os meus alunos conhecem, mas ganhei dois editais para fazer acontecer e está acontecendo. O trabalho mais alternativo foi uma maneira de eu usar a minha criatividade em outros lugares. Se eu não tivesse tido uma experiência de palco como tive com a Samambaia, eu não seria a metade do professor que sou hoje. Para o público em geral eu fiquei só como Jaguarito mesmo que é como eu era chamado por aí. Estou vivendo em cima desses lugares para que os dois possam acontecer em paralelo, como já estavam acontecendo. Só saí da trincheira agora. O lance é estar satisfeito fazendo a música que eu gosto, tanto para as infâncias quanto para a vida.
Coisa linda, Dani!
Muito obrigado pelo espaço e pela reportagem esclarecedora!
viva a música catarinense!
Abração˜