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Quando se é músico em uma cidade como Florianópolis, é quase certo que vai acabar tocando em projetos diferentes com as mesmas pessoas. O caso da Jammanta é mais um desses. Rogério Otto (voz e baixo) já teve bandas com Alex Arroyo (guitarra e voz) e Daniel Cordova (bateria) em contextos sonoros diferentes, mas ambas com repertório de covers. O trio já saiu do primeiro ensaio, em março de 2023, com as primeiras músicas — as ideias são trabalhadas em conjunto, até mesmo as letras, que são escritas em grande parte por Otto. “É no estilo “Get Back” (doc dos Beatles), meio a fórceps, é tudo trabalhado na hora. Eu não me lembro de nenhuma que alguém tenha feito inteira”, explicou o vocalista. Com as composições fervilhando e muitos convites para fazer shows, faltava um registro em estúdio. “Jammanta”, lançado em fevereiro nas plataformas digitais, foi gravado no Magic Place por Renato Pimentel e apresenta três canções pesadas, com aquela estética característica do stoner rock.
Se a sonoridade é definida, o mesmo não pode se dizer das letras: a temática é livre. “The Sting” e “What’s My Name?” (Arroyo gravou os vocais nessa) são duas faixas mais divertidas, que abordam um assalto a banco no ponto de vista do fugitivo e uma bebedeira que causa arrependimento no dia seguinte, respectivamente. “Free”, a música mais longa do EP, com quase nove minutos, trata sobre liberdade e traz um videoclipe filmado, editado e produzido por Machiori Bernardi. “Free” foi um divisor de águas para a Jammanta, no sentido de composição, a banda descobriu o tipo do som que pretende fazer nos trabalhos futuros, incluindo o segundo EP, que está a caminho. Como a banda escreve muito, o objetivo é registrar essas canções de tempos em tempos, como se fossem temporadas, para captar as fases sonoras de cada época. Em paralelo à gravação do próximo EP, a Jammanta tem um show de abertura para os ucranianos do Stoned Jesus marcado para outubro. Em contato com o Rifferama, Rogério Otto falou sobre o processo criativo democrático da banda.
— No primeiro ensaio ficou evidente que tinha entrosamento e que cada um podia contribuir com alguma coisa. No EP decidimos fazer as três primeiras, mas nesse meio tempo a gente fez “Free”, que foi um momento novo, a gente descobriu um jeito de fazer som. O novo EP já são músicas mais novas, que são as que a gente gosta mais e têm mais a ver com o tipo de som que a gente está fazendo. São filhotes de “Free”. As temáticas são bem distintas, eu quero escrever sobre coisas que me incomodam e são importantes pra mim. “Free” é sobre essa coisa do refugiado, do imigrante, os indígenas que vivem como moradores de rua, as pessoas em Gaza… não é uma obrigação ter um posicionamento, mas ninguém nunca foi contra fazer letras políticas. Não há nenhum tipo de censura sobre qualquer assunto. A banda funciona bem desse jeito, a gente tem tocado bastante e quando temos tempo a gente para e sai uma ou duas músicas por ensaio. Temos gostado bastante e estamos levando a sério.
Foto: Luiz Maia
A JAMMANTA rocks!!!!
Bandaça!!!
E em breve vem mais coisa nova por aí muito massa