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Nos anos 2000, durante o hiato do Primavera nos Dentes, grupo clássico da música de Santa Catarina, o cantor, compositor e multi-instrumentista Joe Ramos lançou dois EPs: “Lua cheia” (2005) e “Peguei a estrada” (2009), gravados em parceria com o trio Jeremias sem Cão e e Rogério Rodrigues, respectivamente. Na ativa com o Primavera, o artista de Biguaçu sentiu a necessidade de investir novamente em um trabalho solo para explorar as influências que acabam ficando de fora do repertório da banda. Na última sexta-feira (7), JHOE apresentou o primeiro fruto dessa empreitada, a canção “O amor”, um reggae produzido no estúdio Mangue Mix, em Florianópolis, por Cléo Borges (Iriê), que tocou o baixo, guitarra e teclado e fez a mixagem, a masterização ficou a cargo de Alécio Costa. A faixa também tem a participação de Carmelo Santos (trombone) e Arthur Cunha da Silva (trompete).
O reggae é algo bastante presente na musicalidade de JHOE, mas o artista nunca tinha produzido uma música com bateria programada, algo que sempre quis fazer, dando uma roupagem mais moderna para “O amor”. A próxima canção confirmada do projeto é “O mar”, uma bossa nova que terá as participações de Chico Abreu (baixo) e Guilherme Ledoux (bateria), dos Skrotes, e do violonista argentino David Cardona. Curiosamente, essa faixa já foi gravada, com outra formação, mas nunca lançada. Ela será refeita no Bárbaro Estúdio, local da primeira sessão. JHOE ainda tem um rock para finalizar que se chama “O mundo quer paz”. Além de fortalecer o seu nome no meio digital, o cantor e compositor está procurando músicos para formar uma banda e apresentar esse repertório ao vivo. Em contato com o Rifferama, JHOE falou sobre a retomada do seu projeto solo.
— O Primavera continua com força total dentro do que o mercado possibilita. Estamos com uma música encaminhada para entrar em estúdio. O desejo de trabalhar a minha carreira solo é uma inquietação boa, tenho músicas que cabem no Primavera e outras que sei que não rolam. Quero ter essa liberdade musical que no Primavera é um pouco engessado, no sentido de que a banda tem uma cara, um estilo característico. Minha vida é a música, não gosto de ficar parado e decidi que quero produzir bastante em 2025. A próxima que vou gravar é uma poesia que escrevi no final da pandemia e depois musiquei. Eu senti vontade de fazer uma bossa nova, como não tenho conhecimento teórico, fiquei pesquisando os acordes na época e consegui fazer a harmonia. Eu já captei ela uma vez, fiz a percussão, o David fez o violão e a Patricia Goulart, que é minha sobrinha, cantou. Agora vou fazer com baixo, violão e bateria e vou cantar.
Foto: Mateus Cavenaghi
Grande Daniel, obrigado pelo espaço.
Dale Joe!!!!