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Quando apresentou o seu primeiro single como artista solo, o rockão “Cosmic Desires”, em 2021, o cantor, guitarrista e compositor Johnny Bosco já tinha escrito mais de 40 canções em parceria com Kalunga Heidenreich e Antonio Rossa. No ano seguinte veio “O bom, o mau e o feio” e sua levada country. Após dois anos sem nenhum lançamento, o músico retorna com a balada folk “Órbita”, que saiu no dia 28 de julho, e foi escolhida de um repertório de cerca de 70 composições que saíram desse processo coletivo com os amigos, que acontece na casa de Kalunga, no Ribeirão da Ilha. “É uma usina de criação. Não importa a minha opinião, mas sim o que funciona. Elas têm que ser memoráveis pra nós, de a gente lembrar mesmo, estar na memória”, contou. A faixa foi gravada por Maurício Peixoto no Bárbaro Estúdio, em Florianópolis, e teve a participação de Lucas Lermen no baixo e Richard Bondan na bateria. A mixagem e masterização é de Rafael Pfleger.
“Órbita” tem uma diferença das outras canções, além da estética. Apesar de ter sido escrita a seis mãos, o single é bem pessoal e a letra aborda o relacionamento de Bosco com a namorada, com uma citação a “I’ll be Your Baby Tonight” (1967), de Bob Dylan, a primeira música que tocou para a amada, diálogos dos dois e outra referências. Os três singles estarão no álbum de estreia do artista, que ainda não tem nome, mas deve ter dez ou 11 músicas, que estão sendo trabalhadas sem pressa. Para ir para o estúdio, o cantor e compositor não precisa apenas se convencer de que a música é boa, os amigos também têm de aprovar. Parece um pouco caótico (e é), mas vem funcionando. A experiência de escrever com outras pessoas mudou a forma como o cantor e compositor encara esse processo criativo. Em contato com o Rifferama, Johnny Bosco falou sobre “Órbita” e as parcerias.
— Eu sempre escrevi sozinho. De 2019 pra cá, com o Antonio e o Kalunga, a gente desenvolveu um método, que aparentemente é caótico, envolve começar do nada. Essa música foi começada do zero, uma semana antes de eu encontrar a minha namorada. Era uma coisa muito da minha vida e eu faria de uma maneira bem minha mesmo, pelo momento que estava vivendo, mas sempre com as opiniões deles. A gente problematiza pra caralho. O processo coletivo expandiu a minha ideia do que é escrever música. “Órbita” é a terceira que estou lançando, tenho mais duas prontas. Desenvolvi um caráter muito agregador, participativo no processo da música. Ela tem que emocionar quem está envolvido no processo. As músicas já lançadas fazem parte do mesmo conceito, a ideia é testar outras coisas, algumas que estão vindo agora são diferente de tudo que já fiz.
Foto: Jorge Daux