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Jonas Banda volta de hiato para encerrar trajetória com EP

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A Jonas Banda começou em 2016 como um trio, em Balneário Camboriú. Luis Nicodemus (voz e guitarra), Konrado Schmidt (voz e baixo) e Matheus Libório (voz e bateria) e divulgou o primeiro single em 2018, “A música do irmão”, ainda com essa formação. A faixa foi gravada no estúdio Silver Tape e, a partir da entrada de Luis Felippe Schlickmann (voz e guitarra), no ano seguinte, o quarteto passou a fazer as produções de forma caseira. Durante a pandemia, em 2021, foram mais quatro lançamentos e os integrantes seguiram o seu caminho — Libório tem um trabalho solo e também toca na Carmel, Schmidt faz parte da Supernova e os guitarristas se mudaram: Schlickmann foi viver em Portugal e Nicodemus veio para Florianópolis. Antes de colocar um ponto final nessa história, a Jonas Banda se reuniu para fazer um EP, “Outro lado”, que saiu em dezembro e marca essa trajetória criativa e de amizade. 

Os três anos de hiato entre as gravações fizeram bem ao grupo, que soa mais solto e maduro musicalmente, trazendo influências do rock alternativo e da nova psicodelia como Mac Demarco, Kings of Leon e Boogarins. A produção, feita mais uma vez por Matheus Libório, que também foi o responsável pela mixagem e masterização das quatro canções, evoluiu notoriamente nesse período, realçando a performance do quarteto: o instrumental foi quase todo gravado ao vivo, “com todo mundo na mesma sala, um olhando na cara do outro”, foram feitos alguns overdubs de guitarra e violão e os vocais foram captados de forma separada. “Esse é o conceito que gosto de trabalhar, o som de verdade, real, a gente tocou as músicas uma atrás da outra, o som é bem ao vivo como é a banda”, explicou o baterista. Em contato com o Rifferama, Libório falou sobre o sentimento que “Outro lado” apresenta.

— O Lippe e o Nicodemus se mudaram na mesma época. A gente sempre foi uma banda autoral, raramente tocou cover, e como a gente sempre tocava as nossas músicas nos shows, elas estavam bem na mão, na semana de véspera de mudança dos dois, a gente se reuniu no meu estúdio para gravar essas músicas. A gente honrou essa promessa que fizemos para nós mesmos de encerrar essa fase da banda, das nossas vidas. A gente se organizou com antecedência, se não essas músicas ficariam paradas e a gente nunca mais iria fazer. Começamos a banda como brincadeira, tem música que fala sobre cigarro mentolado, outras mais existenciais, não era justo com o trabalho todo terminar sem um registro dessa fotografia desse momento. Foi essa a intenção, consolidar esse momento final. A gente terminou a banda, mas todo mundo é super amigo. Agora bola pra frente, cada um novo seu objetivo, fazendo aquilo que ama.

Foto: Lukas Kowalsky

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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