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Júlia Peixotto encerra hiato com nova sonoridade em single

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Quase sete anos separam o EP “Abissal” (2018), estreia da cantora e compositora Júlia Peixotto, do single “Fantasias”, divulgado na última sexta-feira (11) nas plataformas digitais. A faixa, que foi gravada por Paulo Costa Franco no estúdio Ouié, em Florianópolis, traz uma sonoridade mais orgânica em relação ao seu primeiro trabalho, que foi produzido em parceria com Lucas Romero. A artista trouxe o beat e um pouco da estética eletrônica de “Abissal”, misturando com elementos da música brasileira e um clima espacial, resultando em algo novo. Acompanhada por uma banda de peso formada por Igor de Patta (piano elétrico), Guilherme Ledoux (bateria), dos Skrotes, e Jeff Nefferkturu (baixo), Júlia também tem o seu primeiro lançamento em português — com exceção de uma parte falada em “Ansuz”, o EP traz duas canções em espanhol e outras duas em inglês. 

Nesse período sem gravar, Júlia fez muitas coisas, inclusive trabalhar com outra atividade que não a música. Após muito tempo tocando na noite, a vontade de montar um show autoral falou mais alto e a artista quer colocar as suas ideias em prática. “Fantasias” marca esse novo momento em que voltou a se enxergar como compositora. Além do single, a cantora gravou mais outras duas canções no estúdio Ouié, uma em português e uma em inglês, mas ainda não tem previsão para lançar as faixas. “Eu não tinha muito claro o que fazer com as músicas. Eu sou compositora, mas tocava versões de outras coisas que eu gosto na noite. Não me vejo a longo prazo fazendo isso e resolvi dar esse tempo, tive outro trabalho. Estou nesse caminho de construir a minha imagem como cantora e compositora. Tenho muitas ideias para o palco, estilos de música que quero fazer”, afirmou. Em contato com o Rifferama, Júlia Peixotto falou sobre esse retorno e a estética orgânica de “Fantasias”.

Eu já tinha vontade de gravar numa pegada mais orgânica, dos instrumentos. Queria ter essa possibilidade de trabalhar com um cara assim como o Igor no estúdio, deixar ele à vontade para criar em cima do que propus para a música. O Jeff conheci na faculdade, sei do músico gigantesco que ele é e queria trazer ele para gravar numa estrutura massa, e o Ledoux toca com 300 pessoas, foi genial juntar eles para gravar um som meu. Sou cantora, compositora e letrista, mas também gosto muito da parte instrumental, queria uma música que tivesse esse espaço para deixar um piano bem bonito soando, a bateria, unir o elemento eletrônico com o orgânico. O Paulo (Ouié Studio) é bem do analógico, eu propus esse lance do beat e conseguimos juntar esses elementos, trabalhando com os músicos no momento, adaptando. Gosto muito desse clima meio onírico, etéreo. É uma proposta diferente de “Abissal”, mas que conversa de uma maneira.

Ficha técnica

Júlia Peixoto: Composição, voz, guitarras e beat
Igor de Patta: Piano elétrico
Jeff Nefferkturu: Baixo
Guilherme Ledoux: Bateria
Gravação e mixagem: Paulo Costa Franco, Ouié Studio
Masterização: Torrey Richards, The Mastering Cabin
Foto e vídeo: Nicolas Cintra
Storyboard, ilustração e animação: Klewerton Bortoli
Assistente de produção: Paloma Bock
Produção executiva: Milla Andreolli, Magia Music

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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