juzz-rifferama

Juzz retorna à música após cinco anos com EP “Fascínio”

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini KalzoneCamerata FlorianópolisBiguanet InformáticaTUM Festival e Desterro Autoral


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A cantora e compositora Julia Maria Lopes, a Juzz, lançou a sua primeira música quando tinha 16 anos. “Carta na manga”, que saiu em 2020, foi produzida em Joinville por Ojizzy “O Mago”. Apesar da estreia promissora, a artista, que é natural de Itajaí, teve de interromper o sonho de seguir na música para buscar a independência financeira. Depois de se estabilizar atuando no ramo da estética e sair de um relacionamento abusivo, Juzz sentiu vontade de escrever novamente e logo já tinha o repertório de “Fascínio” pronto para gravar. A artista começou a trabalhar no EP em Itajaí, mas por indicação de Ojizzy conheceu Luckyy G (Lucas Gabriel), que além de captar o material, participa como vocalista em “Quem vai vencer” e “Se solta” — Lioncio faz feat em “10 AM”. Todas as seis faixas de “Fascínio”, que saiu no dia 6 de abril nas plataformas digitais, têm uma versão audiovisual (visualizer) com assinatura da produtora TUKUMÃ.

A relação de Juzz com Joinville é curiosa. “Carta na manga” foi gravada a pedido do próprio Ojizzy, que viu um vídeo da artista interpretando a música nas redes sociais e a convidou para produzir a canção. Quando decidiu voltar aos estúdios, a cantora e compositora não teve dúvida e ligou para o Garoto dos Brilhantes. “Ele estava em São Paulo, mas me indicou o Luckyy G e falou para eu ir em Joinville. A gente fez um feat e estava muito diferente do que eu tinha começado em Itajaí. A gente fez outro e depois eu regravei três músicas que eu tinha feito. O processo de criação foi muito interessante, eu não sabia do meu potencial. Me descobri como artista mesmo”, contou. A carreira na música não traz nenhuma certeza, pelo contrário, mas Juzz não tem dúvida de que não quer ficar mais cinco anos sem gravar. Entre os planos da artista estão regravar “Carta na manga”, quem sabe numa versão acústica, e produzir mais um EP em breve. Em contato com o Rifferama, Juzz falou sobre o hiato entre os seus dois lançamentos e que pretende experimentar outros estilos para além do R&B.

— Depois de lançar “Carta na manga”, comecei a namorar uma pessoa que não me apoiava e deixei esse sonho de lado. Também vi que a música não me daria um retorno imediato e investi em algo para me proporcionar uma vida melhor. Eu descobri uma traição e lembrei de escrever. Fiz “Caráter” e começou todo o negócio. O EP está nesse meio, de eu fascinada por alguém, são músicas ou mais românticas, ou mais sensualizando. Eu não quero mais ficar esse tempo todo sem lançar nada. Não sei como será o próximo projeto, mas eu gostei muito de fazer nesse formato do EP. Estou tentando fazer esse dar certo primeiro, acredito que as músicas estão muito boas. Quero fazer outra versão de “Carta na manga”, estou aprendendo muita coisa, estudando, não quero fazer nada do que as pessoas querem, do que está no mercado. Quero fazer algo diferente. Também não quero me prender a um gênero. Eu amo R&B, é uma pegada que eu gosto muito, mas quero testar outras coisas.

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *