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Karen Cash, paranaense radicada em Florianópolis, é o que a gente pode chamar de artista independente. O seu último single, “Anjos”, lançado no dia 28 de agosto nas plataformas, teve toda a produção a cargo da cantora e compositora, que criou o beat, a letra e a melodia, e fez a captação e edição da faixa, que teve a participação de Vinnie Iannotti na guitarra. Karen também é dona do próprio selo, Malina Sounds, que estreia colocando o primeiro EP no mundo. O registro, que ainda não tem nome, terá quatro canções: “Vapor”, “Big Bang” e “Selvagem” serão divulgadas em outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Se “Anjos” tem uma pegada mais pop, o restante do material deve apresentar outras facetas da artista, que é conhecida por flertar com a música latina. “Acho que a minha arte sempre foi bastante excêntrica. A cultura latina é tão rica e ainda pouco explorada por nós brasileiros. Esse EP tem eletrônico, afrobeat, cada música é diferente da outra”, informou.
A palavra independente carrega diversos significados, que sugerem dificuldades, mas também trazem autonomia. Além de fazer as suas próprias produções, Karen Cash quer começar a trabalhar para outros artistas a partir do ano que vem. Um objetivo que está sendo possível graças a muito estudo. A cantora e compositora, que começou no punk rock e inclusive teve uma banda na sua terra natal, vem batalhando solo desde 2018, quando conheceu o produtor ZionLab, e desde então já gravou dois álbuns (“Essência”, de 2017, e “Malina”, de 2021) e outros dez singles, misturando rap, reggaeton, R&B e latinidades. Em contato com o Rifferama, Karen falou sobre o seu processo de criação, os diferentes estilos que formam a sua identidade musical e como o fato de produzir as suas canções influencia na sonoridade que chega para o público.
— Essa parada de produzir é algo que tenho comigo há muito tempo, mas só agora consegui aprender mesmo a fazer um som desde o instrumental até a composição, o que sai da minha cabeça, fica mais real. A liberdade é muito grande. Eu não consigo me prender a um estilo só. Estou nesse processo de me desprender dos parâmetros que até eu mesmo tenho pra mim, ousar nas músicas. A inspiração demora a começar, mas na hora que vem, vem tudo de uma vez. Tinha tentado outras vezes, mas agora que consegui estudar, entender melhor como funciona, os instrumentos que preciso usar para poder passar o sentimento que eu quero. Me dá autonomia para poder brincar com todas as referências que eu tenho, aí não fica cópia de referência, fica uma parada mais original. Se eu pego um beat de salsa, estou ouvindo o sentimento de outra pessoa, mas quando coloco a minha visão e experiência, acaba soando diferente. É como se fosse uma cor. O verde é verde pra todo mundo, mas cada um enxerga de uma forma.
Foto: Sarah Susan
Amo essa mulher... ela é maravilhosa.
Amoooo