karinavicenzi-rifferama

Karina Vicenzi prepara EP acústico com primeiras composições

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini KalzoneCamerata FlorianópolisBiguanet InformáticaTUM Festival e Nefasta Cervejaria


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

Karina Vicenzi nasceu no Rio Grande do Sul, foi para o Rio de Janeiro com a família ainda criança e viveu grande parte dos seus 36 anos em Cuiabá (MT). Desde pequena, a artista se acostumou com os contrastes, frio e calor, culturas diferentes, sabores, etc. Talvez isso explique a pluralidade das suas canções — entre dezembro de 2022 e setembro do ano passado, Karina lançou quatro singles, cada um com uma estética e clima próprios: a mistura traz R&B, balada ao piano, blues, reggae e pop/rock. Após muitos anos afastada da música (não completamente), em um período que compreendeu uma faculdade de Medicina, a cantora e compositora investiu em aulas de canto e despertou para a escrita na pandemia. Todo aquele potencial acumulado aflorou, tanto que Karina vem recebendo convites para fazer letras para bandas da região.

Em Florianópolis desde 2018, a artista trabalhou com Yuri Koch nos dois últimos singles, “Canto da praia” e “Janelas”, que foram gravados no AeroTullio Sound Distillery e tiveram a participação dos músicos Edu Almeida (baixo), Johnny Sontag (teclados em “Canto da praia”) e Rafael Bastos (bateria). Koch, que tocou guitarra e fez a mixagem e masterização das canções, produzirá o próximo lançamento da cantora, um EP acústico com versões das quatro faixas, mais uma inédita, que ainda não tem nome, mas surgiu em momento inusitado para a compositora. O material será divulgado ainda em 2024. “Acordei no meio da noite com uma melodia na cabeça, não é algo que acontece todos os dias, cantarolei no celular e gravei, no dia seguinte bateu uma urgência em colocar letra naquilo e aconteceu. Foi muito especial. Essa música fala sobre uma pessoa livre, se aventurando nas emoções”, afirmou. Em contato com o Rifferama, Karina Vicenzi falou sobre a sua vinda para Santa Catarina e a musicalidade eclética apresentada nesses singles.

Como acontece com a maioria das pessoas que visita Floripa, vim na adolescência e me apaixonei, tive o sonho de morar um dia aqui. Gostei não só do clichê da praia, mas do jeito do povo, do clima, da educação, da arquitetura, me identifico com a cultura, acho muito rico, me surpreendeu. Como estava estreando nesse mundo de composição, queria experimentar. Eu compus as quatro músicas na sequência, elas representam uma certa sequência cronológica, mas elas têm o mesmo ponto de partida, que foi o período de luto após um rompimento. A primeira música é “Canto da praia”, que representa o início da descoberta de uma paixão, ela é mais pra cima, me inspirei um pouco no Dazaranha, uma música alegre, com um pouco de blues e jazz. “Espectro” representa o choque de realidade, a decepção, o fim, quis dar aquele ar mais sombrio, ao mesmo tempo tive a ideia de usar o beat. “Noite clara” representa um amor idealizado, que poderia ter sido, mas não foi, não vi outra opção de arranjo que não fosse um piano bem romântico. E “Janelas” representa a pessoa virar a página e abrir as portas para o novo, essa atitude que me trouxe para o pop/rock, representa a mudança.




Foto: Ana Ferraz

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *