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Quando o Mandale Mecha começou a gravar o seu álbum de estreia, “Ficken und Kiffen”, no fim de 2019, o quarteto formado por Michu Mendez, Gustavo Koshikumo, Chico Abreu e Juliano Pereira nem imaginava o que viria pela frente. O primeiro single, “Papi”, foi lançado em abril do ano passado e, quase um ano depois, pouca coisa mudou. Ou pior dizendo, piorou. A banda tem uma série de lançamentos programados para 2021, no desejo deixar de ser um grupo “virtual”.
“Febrero” é a primeira faixa divulgada após o disco, que saiu pelo selo espanhol RASO ESTUDIO, e celebra um Carnaval que não aconteceu. O Mandale Mecha aposta na mistura de ritmos diversos, resultando numa música pop latina que vem ganhando espaço em diversas playlists nas plataformas de streaming. A exemplo de “Ficken und Kiffen”, o novo single foi produzido a distância, já que Chico e Michu moram em Florianópolis, enquanto Gustavo e Juliano vivem em São Carlos (SP).
Em contato com o Rifferama, o baixista Chico Abreu (ex-Skrotes) lamenta o cenário atual e revela a ansiedade de poder tocar com a banda ao vivo. Até o momento, o Mandale Mecha só fez uma apresentação, na Maratona Virtual, em novembro do ano passado. Uma ironia, tendo em vista que o grupo se formou por causa dos encontros entre os músicos e seus projetos pelo Brasil. Enquanto os palcos seguem distantes, o quarteto investe forte no marketing digital.
— A gente produz a distância mesmo antes da pandemia, e cada música puxa para um lado, uma referência dos integrantes. Tem muita coisa desenhada e vamos soltando aos poucos. Esse formato tem funcionado para nós, tentar emplacar os singles em playlists e fazer o som rodar nem que seja no algoritmo. Vamos lançar uma música a cada dois ou três meses, mas não vemos a hora de voltar a poder ter shows e tours. A banda só existe por causa da estrada.
Foto: Renan Casarin