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Mandale Mecha libera primeira parte de duologia pandêmica

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O Mandale Mecha é um fenômeno. Com mais de um milhão de plays apenas no Spotify, o grupo formado por Michu (Petit Mort), Chico Abreu (Skrotes, entre outros), Gustavo Koshikumo e Juliano Pereira, ambos do ATR, fez o seu primeiro show com público em março, em Piracicaba (SP), abandonando o status de projeto virtual: até aquele momento, o quarteto que faz música pop latina tinha lançado um álbum e dez singles. No dia 28 de abril, a banda apresentou “Maracuyá – Azedo”, que traz 10 das 20 músicas escritas durante a pandemia. A segunda parte desse material, que se chama “Maracuyá – Doce”, será disponibilizada em setembro — no dia 22 de junho tem uma prévia nas plataformas.

“Maracuyá – Azedo”, promovido pelo selo espanhol Raso Estudio, foi precedido pelos singles “Rainfalls”, “Velociraptores” e “Conmibum” e flerta com uma série de ritmos que caracterizam o Mandale Mecha. No novo álbum tem de tudo, de reggaeton a jazz, passando pela música eletrônica e dançante e também pelo rock, com letras em espanhol, português e inglês. Em entrevista à Revista Jaguatirica, que terá a sua edição piloto publicada em breve, Michu falou sobre os resultados que a banda vem obtendo e acredita que o momento é de cura. Voltar aos palcos com um projeto que até então nunca tinha se apresentado ao vivo, com exceção de uma live para a Maratona Cultural, foi bastante simbólico.

— Está sendo um momento de cicatrização. Me apeguei muito na música para não pirar tanto, foi meu lugar de refúgio. Gravei mais de 50 músicas, por sorte estava todo mundo isolado, se apoiando a distância. A pandemia nos tirou o palco, um lugar de identidade, de expressão, que a gente se reafirma como artista. O momento é de lembrar quem a gente foi uma vez. Temos que nos apegar nas coisas que vão vir também. Somos de três bandas de muita circulação, mais de dez anos de palco e estamos na mesma frequência. Tivemos resultados que nunca nem foram sonhados. O Mandale Mecha é uma banda trabalhadora pra caralho, todos muito focados, cada um no seu lugar, no seu forte. Estou muito orgulhosa.

Foto: Renan Casarin

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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