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Mari Ribeiro foi do céu ao inferno nos últimos meses. No ano passado, a cantora e compositora, que é natural de Passo Fundo (RS) e radicada em Chapecó, fez a sua estreia como artista solo e descobriu um câncer no colo do útero. O show de lançamento de “Quando você vem”, seu terceiro single, aconteceu durante o tratamento, um momento marcante na sua jornada de cura. “Não tem nada que te prepare para uma notícia dessas ou para o tratamento. A música é o que me dá força, me transborda. Eu já tinha iniciado a quimioterapia e resolvi fazer o show. Foi difícil, mas foi lindo, meu primeiro show com banda tocando as minhas músicas, me deu muita força e me fez acreditar em mim, que estou fazendo a coisa certa, compor, cantar, estar no palco e sentir essa energia”, contou a artista, que começou uma nova fase com “Deja que suceda”, lançada na última sexta-feira (30) nas plataformas digitais.
A música trouxe várias mudanças em relação aos seus trabalhos anteriores. Parceria com Kefren Rivera, pianista e compositor mexicano, “Deja que suceda” tem letra em português e espanhol e foi produzida de forma remota — os singles “Quero viver”, “Bala de canhão” e “Quando você vem” têm assinatura do catarinense Elieser de Jesus. Outra novidade é a estética apresentada pela faixa, que ainda soa pop, mas traz outras referências, como a levada de afrobeat. A cantora e compositora conheceu Rivera através das redes sociais e, após algumas interações, surgiu a ideia de gravarem algo juntos. Feliz com o resultado de “Deja que suceda” e essas experimentações, tanto na maneira de escrever e produzir quanto nas influências empregadas, a artista tem como próximo objetivo gravar um álbum. Em contato com o Rifferama, Mari Ribeiro falou sobre a romântica “Deja que suceda” e a realização de poder voltar a fazer o que ama.
— Geralmente quando componho as minhas músicas eu faço a letra e a melodia juntas, mas foi muito tranquila a produção, gravei as vozes aqui com o beat já pronto e gostei muito do resultado. Sou apaixonada pela cultura latina e sempre quis fazer uma música em espanhol, achei que casou muito bem nessa composição. O mais legal disso é sair da minha zona de conforto e explorar outros lugares, me desafiar como artista. “Deja que suceda” tem uma batida de afrobeat, o arranjo ficou muito bonito, e a letra fala do receio de se entregar para o amor e ver que as coisas podem dar certo. Estou muito feliz com essa nova fase após tudo isso que passou, com coisas na música chegando, fazendo o que eu amo, que não tem preço. Por mais que eu seja uma artista que está começando, tenho muito orgulho do caminho que trilhei até aqui, alcançando o meu espaço e construindo coisas lindas.
Foto: Augusto Barro Lora