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A manezinha Maria Beraldo é uma das artistas catarinenses mais prestigiadas no cenário da música brasileira. Tocou e gravou com nomes como Arrigo Barnabé, Elza Soares (1930-2022), Tom Zé, Tim Bernardes, entre outros, faz parte do conjunto instrumental Quartabê e também do grupo vocal Bolerinho, produz trilhas para o cinema e teatro e em 2018 fez a sua estreia solo com o aclamado “Cavala”, eleito por diversas publicações como um dos melhores álbuns daquele ano, incluindo a lista da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). O disco rendeu também indicações a melhor show do ano e artista revelação pela mesma entidade e também pelo Prêmio Multishow. No dia 30 de julho, a cantora, compositora e multi-instrumentista divulgou “I Can’t Stand My Father Anymore”, primeiro single do próximo álbum, “Colinho”, que chega em outubro nas plataformas.
A última prévia do disco, “Matagal”, lançada em 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, também traz letra em inglês, mas o registro terá mais canções em português. Ambas as músicas, assim como grande parte do que escreve, são bastante pessoais, e o novo single é especial por dois motivos, por tratar de um momento feliz, a conquista de um romance possível, real e feliz, e pela participação de Zélia Duncan, referência como artista e mulher lésbica. As duas cantaram no mesmo palco em uma edição da Virada Cultural, em São Paulo, onde Maria vive desde 2013, e convite para participar de “Matagal” veio no camarim do evento. “Colinho” (selo RISCO) foi produzido pela catarinense em parceria com Tó Brandileone (5 a Seco) e tem mixagem de Ricardo Mosca e masterização de Carlos Freitas. “Gosto do fato de Maria ser uma artista intrigante, talentosa e corajosa com as sonoridades e interpretações. Adorei cantar junto, na oitava que me coube! E amo a sonoridade da faixa”, contou Zélia.
“Compus essa canção em uma viagem que fiz com minha namorada pra descansar um pouco do ritmo de São Paulo, olhando pra uma floresta linda com um rio que corria ligeiro numa manhã de sol. Ela marca um momento importante da minha vida em que vivo um relacionamento feliz e verdadeiro e estou em paz com a minha sexualidade, depois de anos de elaboração e de muitas canções melancólicas ou tensas. Não estamos em tempos de paz, nem no mundo nem na esfera da nossa luta LGBTQIA+, mas encontrar a alegria de ser uma pessoa queer é das nossas mais poderosas armas. Zélia é uma referência muito importante na minha trajetória e inclusivo no momento mais delicado da minha saída do armário. Para além dos seus discos que embalam e dão colo à minha geração de sapatões, eu fui totalmente capturada pelo monólogo “TôTatiando”, em 2012. Nessa época estava terminando meu mestrado na Unicamp e assumindo meu primeiro namoro com uma mulher. Viajei para São Paulo sete vezes pra ver essa peça. A representatividade bate forte no peito”, comentou Maria Beraldo.
Ficha técnica
Produção: Maria Beraldo e Tó Brandileone
Voz: Zélia Duncan
Voz e eletrônica: Maria Beraldo
Violões: Tó Brandileone
Baixo acústico: Fábio Sá
Capa: Ale Linden
Lançamento: selo RISCO
Ficha técnica
Produção: Maria Beraldo e Tó Brandileone
Voz, guitarra e piano: Maria Beraldo
Baixo: Marcelo Cabral
Bateria: Sérgio Machado
Mixagem: Ricardo Mosca
Masterização: Carlos Freitas
Foto: Ivi Maiga Bugrimenko