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“Dois mil e vinte”, segundo álbum da banda Marina Radio Clube, lançado nesta quarta-feira (7) nas plataformas digitais, era um trabalho bastante aguardado e com certeza um dos mais especiais deste ano. Produzido no Butiá Estúdio, em Florianópolis, com mixagem e masterização de Duda Medeiros (com exceção de “Contato imediato”, que ficou a cargo de Gabriel Zander), o disco traz as últimas gravações do baterista Johnny Duluti, falecido no dia 28 de fevereiro de 2021 em decorrência da Covid-19. Integrante de outros grupos como Califaliza, Eutha, além do seu projeto solo Johnny & Os Baluartes, o músico tinha 32 anos e fazia um trabalho consistente como videomaker com o seu canal Ferradura. A 8ª edição da Semana do Rock Catarinense, que acontece entre os dias 20 de setembro a 2 de outubro, foi batizada em sua homenagem.
O álbum tem esse nome, segundo o vocalista e guitarrista Matheus Maciel, compositor principal das 12 canções do repertório, pois o planejamento era de divulgar o material completo naquele ano. As músicas foram escritas entre outubro de 2019 e janeiro do ano seguinte, e as gravações começaram no dia 15 de fevereiro, data da foto da capa, feita por Maciel e repleta de simbologia. A pandemia impossibilitou a sequência dos trabalhos em estúdio, mas a banda, formada ainda por Gustavo Pereira (guitarra) e Nicolas Santos (baixo e voz), conseguiu finalizar alguns vocais e solos de guitarra que faltavam. Depois de tudo o que aconteceu, o título “Dois mil e vinte” ganhou mais força. O disco tem a participação de Marcelo Mancha na faixa “Barragens”, outro momento carregado de significado, já que Mancha e Duluti fizeram muito barulho juntos com o Eutha. Em contato com o Rifferama, Matheus Maciel falou sobre a produção do álbum e da perda do amigo e baterista grupo.
— A data na capa do álbum foi o primeiro dia de gravação. O Johnny fez todas as baterias em dois dias. Tinham músicas que a gente nunca tocou ao vivo, fizemos apenas um ensaio. A gente tinha uma dinâmica de ir para o estúdio estruturar as novas músicas só nós dois. Sem o estúdio na pandemia adotamos outra estratégia, de finalizar música a música e ir lançando, soltamos mais três, mas não conseguimos prosseguir. No ano passado combinamos que o Johnny faria as mixagens, ele pegou os arquivos e começou a fazer isso no fim de janeiro. A última vez que nos encontramos foi na Maratona Virtual (em novembro de 2020). Perdi mais que um baterista, era alguém que considerava da minha família, um amigo muito próximo. Hoje estamos lançando esse disco que é o último trabalho que ele gravou de fato, tem a bateria, os vocais e as participações nas composições, é algo que carrega o nosso amigo, tem muito de todos nós, e que a gente precisava lançar.
Foto: Rafael Villa
Parabéns Marina rádio clube por esse trabalho lindo e ao grande Johnny eternas saudades.
Emocionante ter esse trabalho sendo lançado, obrigado Daniel por abrir esse espaço. Johnny ainda vive em nós! Com certeza