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Larissa MARINONIO nasceu em Niterói (RJ), mas fez toda a sua carreira em Itajaí. Em 2019, a artista participou do The Voice Brasil e, no ano seguinte, estreou com o EP “Underground Diva”. Atualmente em São Paulo, a cantora e compositora não esqueceu o seu berço artístico, inclusive, se apresentou no Teatro Municipal de Itajaí em março deste ano no show “Em tudo e em todos”, tributo ao guitarrista Fernando Knoll das Neves, vítima de um câncer em 2022, aos 34 anos. O músico, que foi seu na banda Fela Clan, entre outros projetos, foi homenageado na canção “Wonderful Melody Maker”, que encerra o seu novo trabalho, “Self Sample”, divulgado em setembro nas plataformas digitais. “A cena de Itajaí me abraçou muito forte. Foi um lugar onde me descobri artista, tem um significado muito grande pra mim. Tenho duas terras natais agora. Várias coisas aconteceram através do Fernando. Ele foi meu guitarrista por muitos anos e o melhor amigo que já tive. Não consigo traduzir em palavras o quanto eu o amava, então fiz o que sei de melhor: coloquei tudo em música. Ele continua a me inspirar todos os dias”, comentou.
“Self Sample”, como o título sugere, traz músicas criadas a partir de sons presentes no seu primeiro registro, “Underground Diva” — MARINONIO também utilizou linhas de guitarra do antigo parceiro para compor “Wonderful Melody Maker”. A ideia de samplear as suas próprias canções surgiu durante os seus estudos de produção musical, trabalho que começou em “The Little Album” (2021), material em que dividiu a tarefa com Geum. O experimento com deu tão certo que a artista decidiu fazer “Self Sample” com esse objetivo de aprender. Além de produzir, MARINONIO foi responsável pelos arranjos do repertório. Em São Paulo, a cantora e compositora está tendo a oportunidade de expandir de colaborar com outros músicos, expandindo o leque de estéticas sonoras, buscando o seu espaço, mas também vem investindo no ramo da produção. Em contato com o Rifferama, a artista falou sobre “Self Sample” e seu atual momento.
— “Self Sample” surgiu através do meu estudo de produção musical, comecei a estudar samples e a primeira coisa que senti vontade de samplear foram as minhas próprias músicas para testar. Não sabia que sairia um EP disso, eu tinha as versões com voz e sem voz e deu super certo. Foi uma coisa bem espontânea, despretensiosa, só queria estudar mesmo e curti muito as músicas que fiz. Dirigi toda a parte visual também, além de ter feito a produção. Neste ano aqui em São Paulo me joguei muito na produção musical, estou começando a produzir outros artistas também. Aqui o lance da música autoral é mais competitivo, o Brasil inteiro mora aqui, as casas são muito disputadas. Estou conseguindo trabalhar a minha música aos poucos, não dá pra construir um público da noite para o dia. Tem sido muito legal poder trabalhar com músicos daqui, de linguagens diversas, ao mesmo tempo que estou conhecendo outras maneiras de trabalhar, não só na música, na negociação, na imagem, a galera aqui vive para o trabalho. Tem sido muito interessante.
Foto: Tamara Villamaior