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A trajetória do cantor e compositor Matias Malta sempre envolveu descobertas. Desde o começo, na adolescência, quando começou a tocar violão e guitarra e ouvir os clássicos do rock, passando pela música eletrônica, até conhecer as cerimônias com ayahuasca. “Comecei a achar superficial (o que fazia), me trouxe outra perspectiva para a música”, contou. O artista, então, direcionou a sua produção para canções com essa temática, influenciando até a estética. As primeiras canções traziam elementos como flautas, tambores, sons de natureza e animais, sonoridade que pode ser classificada como folk espiritual. Foram três lançamentos nessa onda, incluindo “O melhor de mim”, que já veio numa abordagem mais comercial, mas ainda ofertando consciência. “Canção pela paz”, single divulgado no último sábado (28 de junho) nas plataformas digitais, se trata de um recomeço para Malta, buscando levar a sua mensagem positiva para fora do círculo que frequenta.
Duas situações foram determinantes para o surgimento dessa música e também da nova fase na carreira. Uma vivência no IOP (Instituto da Onça-Pintada), em Mineiros (GO), despertou no cantor e compositor a vontade de fazer uma música que pudesse fazer a diferença, tocar o coração das pessoas. “Essa música não veio por acaso, foi canalizada para trazer uma mensagem de reflexão nesse momento desafiador que a humanidade está passando”, informou. Outra experiência que mudou os planos do artista, que é natural de Rio do Sul, foi ter trabalhado com Giba Moojen, do Nossa Toca, produtor de “Canção pela paz”. Satisfeito com o resultado obtido em estúdio, o músico pretende regravar parte do seu material antigo, que foi retirado do streaming, ação que faz parte desse recomeço. Em contato com o Rifferama, Matias Malta falou sobre as suas vivências e sequência dos trabalhos.
— “Canção pela paz” não é uma música para estourar ou para as pessoas dançarem, o intuito é trazer consciência. Meu projeto anterior era focado em músicas sobre a medicina da floresta, eu resolvi tentar passar essas mensagens de uma forma um pouco mais clara para quem não participa dessas cerimônias e pudesse entender também. Aí escrevi “O melhor de mim”, que já vai nessa proposta da “Canção pela paz”. Tirei essas músicas do ar pela questão da qualidade de produção. As composições eram boas, transmitem bastante da minha essência, mas depois da vivência no Nossa Toca senti que poderiam ser melhor lapidadas, deixar com uma cara mais profissional. Quero regravar pelo menos “O melhor de mim”, que é uma música que se encaixa nessa nova proposta, de fazer um som que agrade mais pessoas que não façam parte desse contexto.
Foto: Rodrigo Schaefer