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O DJ, engenheiro de áudio e produtor João Luiz Fabro, conhecido no meio do house como Jack District, fez o primeiro curso aos 17 anos, em São José do Rio Preto, no interior do São Paulo. Antes disso ele já estudava por conta e tocava em clubes de música eletrônica. Depois de um tempo em Campinas, onde fazia faculdade, se mudou para os Estados Unidos, onde se formou na Los Angeles Recording School. Foram dois anos fora, com direito a muitas horas de estudo no estúdio Windmark Recordings, por onde passaram nomes como Kanye West, Jay-Z, Pharrell Williams, entre outros. De volta ao Brasil, Jack foi trazido pela House Mag Academy para trabalhar em Florianópolis, onde fixou residência e atualmente se dedica aos seus projetos pessoais. Workaholic, o artista está creditado em 162 lançamentos nas plataformas digitais, seja como produtor, solo, feat ou participação em coletâneas e afins.
Neste ano, Jack District tem dois singles, um EP e uma parceria com a banda Marelua publicados. Um dos destaques da sua discografia é a série “Moods of Jack”, que entre setembro de 2022 e novembro de 2023 teve 57 volumes, a maioria com duas faixas cada. Com 14 anos de experiência na área, o produtor tem uma forma de trabalhar que favorece essa criação em série, mixando a música enquanto vai tocando e compondo, perdendo menos tempo na finalização. 2024 tem sido um ano menos prolífico para o artista, que além de colaborar com a Marelua está em contato com gravadoras interessadas em divulgar o seu material. “Muitas gravadoras vieram me pedir (para lançar as músicas). Já aconteceu de cair três lançamentos na mesma semana, isso não é bom, então diminuí os meus lançamentos para não ter muito conflito”, afirmou. Em contato com o Rifferama, falou um pouco sobre a sua trajetória e maneira de produzir.
— Fiquei dois anos em Los Angeles, um ano e meio estudando e meio ano trabalhando em um estúdio bem grande lá. Quando voltei conheci a House Mag, entraram em contato comigo e comecei a trabalhar com eles e de um ano e meio para cá decidi focar no meu projeto. Eu faço música muito rápido, tenho os meus macetes. Sempre tive o meu selo, desde 2012, se for lançar por outras gravadoras demora muito. Então criei uma identidade visual nova, que foi o “Moods of Jack”, e comecei a lançar dois EPs por semana. Eu gosto de tocar só música minha, então cada evento que vou, dependendo da circunstâncias, faço um monte de música nova, cada set é uma coisa especial. Não é nem só a questão criativa, mas do processo que criei que acelera a produção. Eu trabalho todo dia, o dia inteiro, o maior segredo mesmo é o método, foram uns três ou quatro meses de testes, 90% das vezes é só produzir nesse template que a track já sai soando muito bem.
Foto: Masiero