mordortruckers-rifferama

Mordor Truckers redefine sonoridade para produção de novo EP

O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini KalzoneCamerata Florianópolis, Biguanet InformáticaLord Whisky Distillery e TUM Festival


Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse

A Mordor Truckers, de Jaraguá do Sul, tem uma trajetória pouco comum. Após lançar o seu primeiro single, “Lord of the Desert”, em 2018, o primeiro álbum da banda foi uma gravação ao vivo, realizada no ano seguinte, no Pequeno Teatro da SCAR (Sociedade Cultura Artística). Como o material tinha mais detalhes como guitarras dobradas e, também, para apresentar uma versão com mais fidelidade, o trio formado por Manuel Ceballos (voz e guitarra), Patrick Jordy (baixo) e Brendan Bazzi (bateria) resolveu selecionar algumas faixas para registrar em estúdio. A pandemia interrompeu os trabalhos por dois anos, mas ainda deu tempo para o grupo divulgar “Red Sands”, que já estava pronta, em 2020. Retomadas as sessões no estúdio Wecando Music, em Joinville, com o produtor Julio CesarSchowchow, a Mordor Truckers regravou outras duas faixas para “Nowhere”, que saiu no mês de abril e encerrou a fase desse repertório.  

Apesar de as músicas seguirem na seara do stoner rock, “Ammit” e “Mindless” soam diferentes dos lançamentos anteriores. Segundo o guitarrista e vocalista Manuel Ceballos, a principal diferença é o timbre de guitarra, que traz uma nova característica. A banda também pretende ampliar o leque de subgêneros, saindo um pouco do som mais arrastado, para fazer algo mais dinâmico, com outras referências, do heavy metal clássico ao stoner psicodélico. A ideia é fazer algo intermediário, que não descaracterize a identidade que o grupo construiu até aqui, mas que aponte para outros caminhos. No momento, a Mordor Truckers está preparando um EP de pelo menos quatro faixas, que segue essa linha de som. Em contato com o Rifferama, Ceballos falou sobre as mudanças na sonoridade do grupo.

Se escutar “Red Sands” e as músicas do “Nowhere” os timbres são diferentes, apesar de tudo ter sido gravado no mesmo estúdio, com a mesma produção, até regravei as guitarras para esse retorno das gravações,. queria registrar os novos timbres. Estamos mirando uma nova fase, em termos de como a gente quer soar, não ficar exclusivamente no space/doom, aquele som mais arrastado, para fazer algo com outras referências. Paramos de tocar algumas músicas do set que a gente acredita que não estão mais alinhadas com o som que estamos a fim de fazer. Nesse material ao vivo a gente ainda estava definindo sonoridade, de subgênero mesmo, indo mais pro psicodélico e mais pesado. Nossas novas composições estão em outra linha de som, ainda vão ter partes mais arrastadas, com riffs lentos também, só decidimos que space/doom não era pra ser, pelo menos não nessa fase agora. 

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

DEIXE UM COMENTÁRIO.

Your email address will not be published. Required fields are marked *