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Muñoz retorna de hiato após cinco anos com álbum nostálgico

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Antes do lançamento de “Nekomata”, em 2019, um dos melhores álbuns daquele ano segundo o Rifferama, Samuel (bateria) e Mauro Fontoura (voz e guitarra) já estavam pensando em dar um tempo com o Muñoz. Como o foco do duo sempre foi o ao vivo, a pandemia da Covid-19 obrigou os irmãos paralisarem as atividades da banda. “A gente nunca curtiu ser músico de Internet. Já estava a fim de fazer uma pausa e começar outros projetos. Era uma fase muito boa, aparecendo show grande, a pandemia acabou com tudo. Até parei de ouvir rock por um tempo”, comentou o guitarrista e vocalista. Nesse período, Mauro e Samuel gravaram o álbum solo do artista Carolino (2021) e focaram no estudo de produção musical. A saudade de fazer um som como nos velhos tempos bateu e o Muñoz produziu “Twins”, seu primeiro álbum em seis anos, o quinto da discografia da dupla, que começou em Uberlândia (MG) e é radicada desde 2016 em Florianópolis. 

Com oito faixas, o registro traz algumas músicas que estavam engavetadas como “Daymares” e “Well Bred man”, além de duas versões, para “We Go Again”, do tubista britânico Theon Cross (Sons of Kemet) e “I Worship the Dog”, do compositor norte-americano Ty Segall. O material foi captado pelos irmãos Fontoura no Estúdio Infrasound Records e tem mixagem e masterização de Braz Torres Neme (Carne Doce, Hellbenders, Rodrigo Alarcon, entre outros trabalhos). O álbum tem uma sonoridade mais simples e reúne elementos de todas as fases do grupo, do som sujo e barulhento dos primeiros discos ao rock psicodélico e ritualístico de “Nekomata”. Em contato com o Rifferama, Mauro Fontoura afirmou que “Twins” foi pensado para ser executado ao vivo — o repertório do show foi completamente renovado, com músicas que o duo não tocava há bastante tempo. “A ideia desse disco é voltar a curtir tocar”, revelou.

— Esse álbum marca uma fase bem nostálgica da banda. Resgatamos algumas músicas que estavam engavetadas, com outra pegada, até umas músicas mais pop, como “Well Bred Man” e “Daymares”. Essas duas músicas não vamos tocar ao vivo, elas têm várias camadas e teríamos  que ter montar uma banda grande para fazer. Botamos esse nome “Twins” para remeter essa irmandade que temos como banda, que começou muito cedo. Queríamos fazer uma parada mais simples mesmo para ser divertido de tocar, que não tivesse nenhum perrengue, um rock and roll mais cruzão. Misturamos essas músicas do álbum no show novo com algumas que não costumávamos tocar e demos outra roupagem. Renovamos quase 100% o repertório para ser uma coisa nova pra nós. Dez anos de banda você cansa de tocar algumas coisas. É pra ser prazeroso. 

Ficha técnica

Captação: Estúdio Infrasound Records por Mauro e Samuel Fontoura
Vocais, guitarras, baixo e synths: Mauro Fontoura
Bateria e percussões: Samuel Fontoura
Mixagem e masterização: Braz Torres Neme
Capa: Alexandre Mil
Foto: Nicole Almeida

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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