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Música é coletividade: Furafilas, de projeto solo à banda

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O Furafilas nasceu para Nuno Nunes registrar as suas composições. No começo do projeto, o objetivo do artista, que também é produtor musical e jornalista, era cuidar de todo o processo sozinho. E até que conseguiu, mas o resultado não agradou e o catarinense decidiu refazer tudo, dessa vez com uma banda. Ainda assim, Nuno, que é natural de Joinville, mas hoje mora em São Paulo, produziu, gravou voz, guitarras, percussão, captou e mixou as quatro faixas que integram o EP “Parece que acabou”, lançadas entre abril e maio nas plataformas digitais. Participaram das canções os músicos Guiga Barsch (baixo), Everton Guimarães (órgão), Nathan Farias (teclado e percussão), André Pries (bateria) e Jéssica Klein (voz de apoio e produção vocal). A masterização ficou a cargo de Ticiano Vieira. Cada canção ganhou um visualizer — confira a ficha técnica abaixo. 

Nunes, que já fez parte da Horney e atualmente é guitarrista do projeto solo de Vitor Ramatís (ex-Reino Fungi), começou tocando na noite e descobriu que nunca seria tão bom quanto aqueles que criavam as suas próprias músicas. Foi o empurrão que precisava para iniciar na escrita, no sentido de que essa seria a sua contribuição para a cena, de tentar trazer alguma coisa diferente, com a sua identidade. Apesar de nunca ter se identificado com a figura do vocalista, essas músicas tinham que sair do papel. Sem pretensão de levar esse trabalho como banda, Nuno Nunes jogou alguns dos seus heróis da música brasileira no liquidificador, como Mutantes, Jorge Ben, Tim Maia, Maglore e Ana Frango Elétrico, e experimentou na criação dos quatro singles, que serão compilados em breve como EP, mais uma versão de “Oração ao algoritmo” de bônus. Em contato com o Rifferama, o artista falou sobre o o coletivo que acabou se tornando o Furafilas.

— O Furafilas nasceu por causa das minhas composições. Sempre fui muito inseguro nesse lance de ser frontman, mas decidi que essas músicas acontecessem, senti que deveria aprender a gravar, fazer os arranjos, mas cheguei no final do processo e entendi que não era isso, não tinha chegado no lugar em que eu queria. Recomecei do zero e nesse segundo movimento comecei a trazer pessoas que se interessaram pelo projeto e terminou sendo uma banda. Reuni um monte de amigos e músicos da região em função do Furafilas. No final entendi que a música é sobre a coletividade. Pra magia acontecer você tem que juntar as pessoas. Foram quatro músicas lançadas, que serão compiladas no EP “Parece que acabou”, mas ainda não tem data. Estamos preparando uma capa, com uma pintura da Lívia Meinert, que está na fase final, e provavelmente vamos fazer um show de lançamento. É importante ter esse marco também. Já estou pensando nas próximas músicas. 

Ficha técnica

Áudio

Nuno Nunes: Composições, arranjos, voz, guitarras, percussão, produção, gravação e mixagem
Ticiano Vieira: Masterização
Jéssica Klein: Produção vocal e voz de apoio
Guiga Barsh: Baixo
Everton Guimarães: Órgão
Nathan Farias: Teclado, percussão e composição
André Pries: Bateria

Vídeo

Direção: Peem e Pelikula Filmes
Diretor de fotografia: Pedro Simm
Roteiro: Nuno Nunes, Peem e Pelikula Filmes
Edição: João Pedro Patrício e Nathan Farias
Montagem e finalização: Nathan Farias
Atriz/Atores: Lívia Meinert, André Pries, Nathan Farias, Luzzi Saito, Guiga Barsch e Nuno Nunes
Produção: João Pedro Patrício / Pedro Simm / Igor Rivero / Lívia Meinert
Locação: Flávia Nunes Patrício e Schirley Adriana Nunes
Agradecimentos: Luana Machado, Bebel Lima e Onélia Nunes

Foto: Lívia Meinert

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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