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Música pela música: brøken aprimora DNA em primeiro álbum

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Foto: Rafa Soares

brøken surgiu em 2022, em Balneário Camboriú, quando Ariel Boff (bateria) pediu a Kim (voz e produção musical) ajuda para finalizar uma canção inspirada em uma tragédia pessoal. “Nada dói tanto quanto um ‘nunca mais'” foi o começo de uma parceria que se estendeu para os demais integrantes da banda anterior de Boff: Guther Toss (guitarra), Lucas Wüppel (guitarra) e Bruno Parucker (baixo). No mesmo ano, o quinteto divulgou o seu primeiro EP, “chorar / sorrir”, com estética definida, tanto visual quanto sonora. A brøken já nasceu pronta: fotos, artes, clipes, presença forte nas redes sociais, principalmente no TikTok. Nada disso importaria se a música não tivesse identidade. E esse DNA, centrado em três elementos principais — vocais pop, riffs diretos e mistura de gêneros — vem sendo lapidado a cada lançamento, chegando ao seu ápice no álbum “badtrip”, que sai em setembro nas plataformas digitais.

O material vem sendo trabalhado desde 2023, e foi produzido pela própria banda, com captação, mixagem e masterização a cargo do vocalista. Até o momento, quatro das oito músicas do álbum já foram apresentadas, com destaque para os dois últimos singles, “vazio_100_fim” e “flores”, que saíram em 1º de agosto e 30 de maio, respectivamente, ambos com clipes dirigidos por Saimon Bernardo. Como uma boa banda de emocore que se preze, a brøken aborda temas como o amor, a depressão e outros dramas da existência humana. A estética é ainda mais abrangente, tendo Bring Me the Horizon e Linkin Park como principais referências, mas “badtrip” traz elementos de vários gêneros, incluindo a participação do rapper Mr. Ronaldz em uma das faixas. “A gente tenta explorar uma vertente específica em cada música”, contou Kim. Em contato com o Rifferama, o cantor e compositor afirmou que o objetivo do grupo é fazer “música pela música”.

— Esse período em que a gente se encontrou e começou a gravar foi muito massa, todo mundo envolvido ao redor de um propósito. Rodamos bastante, tocamos em Porto Alegre, Floriaópolis, Curitiba, São Paulo, tem muita coisa que a gente ainda não fez, em 2024 ficamos concentrados em fazer um álbum para lançar e poder tocar mais. A produção do disco é nossa. Eu tenho um home studio simples e a minha casa virou um ponto de encontro, eu pilotando o PC e todo mundo montando o quebra-cabeça junto. Esse álbum apresenta uma evolução fodida, na cara dá para ver que está mais bem feito, a performance dos instrumentos e vocais também. Fiz aula de canto, de mixagem e masterização, a produção é um dos pontos altos. “badtrip” é nosso trabalho fora da curva, tem personalidade, DNA. Queremos fazer show maior, abrir para banda grande, estar mais integrado na cena. A gente chegou num ponto que não importa se vai ficar grande ou não vai, a gente quer estar no rolê, fazer música foda. É música pela música, no final é isso mais do que tudo. 


Ficha técnica

Kim: voz, produção, mixagem e masterização
Guther Toss: Guitarra
Lucas Wüppel: Guitarra
Bruno Parucker: Baixo
Ariel Boff: Bateria
Saimon Berardo: Audiovisual

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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