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Myshka estreia com pop gótico e dançante em single “Falling”

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A cantora e compositora Michaela Struharova tem uma história que merece ser contada. No seu país natal, Eslováquia, a artista estudou teoria musical e acordeon em conservatório e participou de um coral que excursionou fez shows nos Estados Unidos e até no Vaticano para o Papa João Paulo II. Em 2010, por meio de um intercâmbio, Michaela veio parar no Brasil, primeiro em São Paulo, para estudar. A vinda para Florianópolis aconteceu apenas na pandemia, e logo sentiu que demorou para fazer essa mudança. “Desde que cheguei as pessoas que fui conhecendo falavam que eu precisava vir para cá, que tinha tudo a ver comigo. Sempre gostei de natureza, São Paulo era demais pra mim. No dia em que vim entendi tudo, sabia que viria e ia querer ficar”, contou. Nesta quinta-feira (8), Myshka, seu alter ego como artista solo, divulgou o videoclipe do seu single de estreia, “Falling”. A faixa foi produzida ao lado do músico e produtor Israel Rodrigo (Pentarradial) e o audiovisual tem direção de Adriano Casanova.

Com influências pouco comuns, a cantora e compositora traz em “Falling” uma estética que mistura o lado sombrio do metal gótico dos finlandeses do HIM e a melancolia das bandas grunge, principalmente Nirvana e Alice In Chains. Myshka também não abre mão de soar moderna, o single também apresenta referências da música pop, como Billie Eilish e Lorde, e tem uma levada dançante e acelerada na parte final, num resultado que pode ser chamado de electropop. A artista tem cerca de dez canções prontas, com letra, harmonia e melodia, assim como “Falling”, que já tinha sido gravada na época em que morava em São Paulo, mas foi reconstruída do zero com Israel Rodrigo para ser lançada nas plataformas digitais. Em contato com o Rifferama, Myshka falou sobre o seu pop gótico e a parceria com o produtor.

— Voltei a cantar quando cheguei no Brasil e comecei a conhecer a cena alternativa, do rock e do metal. Depois de adulta fui mais para o electropop, eu já tinha escrito “Falling” quando ela surgiu, era muito parecido. A influência do grunge vem das letras tristes, de pessoas que vomitaram os sentimentos no papel, isso é uma coisa que amo sobre a música: transmitir sensações. Tem muito de grunge e do HIM, mas com melodias contemporâneas, gosto bastante dessa viagem do pop eletrônico, de colocar uma melancolia, mas também um ritmo dançante. Quando cheguei em Floripa me falaram do Israel, que tinha um estilo parecido com o meu, que a gente deveria tocar junto. Coloquei “Falling” na mão dele e a gente reproduziu tudo até que ficou do jeito que está hoje. Temos uma conexão além de pessoal, uma parceria muito boa. Vamos fazer bastante coisa legal juntos. Eu tenho umas dez músicas prontas, algumas um pouco mais rock, um pouco diferente do electropop. Sou bem aberta nisso, qualquer coisa pode acontecer.

Foto: Michal Bajza

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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