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O cantor, compositor e guitarrista Matheus Libório vem construindo uma obra consistente, com EPs lançados por diversos projetos como Comodoro, Jonas Banda e Carmel. Em 2022, o artista de Balneário Camboriú divulgou o seu primeiro registro solo, “Desespero”, resultado do seu estudo de produção musical. Gravado em trio, o material traz quatro canções e uma sonoridade baseada no rock clássico. “Na certeza do incerto”, seu primeiro álbum, que saiu no começo de novembro nas plataformas digitais, apresenta uma evolução em muitos sentidos, tanto da questão técnica, do trabalho em estúdio, como de composição e estética. A adição de outros instrumentos como teclados e percussão, trouxe outras cores para a música de Libório, que segue influenciado pelos anos 1960 e 1970, mas dessa vez mergulhou de cabeça no blues e também abraça outras referências como o R&B.
Além de Libório (voz e guitarra), responsável pela produção, mixagem e masterização do álbum, participaram das gravações os seguintes músicos: Konrado Schmidt e André Sartén no baixo, André Pelisser e El Cid Ribeiro nos teclados, Amanda Thomsen e Beto Jacobsen na bateria e Binho Toledo na percussão e bateria. A arte gráfica de “Na certeza do incerto”, que fala sobre autoconhecimento, é de Mario Neto. “São músicas que retratam minha jornada pessoal e artística. Gosto de ter o controle das coisas, mas esse álbum fala justamente sobre se entregar à incerteza, idolatrar a dúvida e deixar o destino agir”, comentou o artista. A versatilidade do repertório é o trunfo do material, mostrando algumas facetas que o cantor e compositor ainda não tinha revelado ao público. Em contato com o Rifferama, Matheus Libório falou sobre a realização de lançar o seu primeiro disco e da evolução nos seus estudos.
— O lance do primeiro álbum é um grande barato. O pessoal ficou surpreso, achou que seria um disco de rock and roll puro, a Carmel é super rock clássico. A ideia foi explorar outras sonoridades, Cassiano foi uma grande influência que fez parte da sonoridade do disco, o pop/rock dos anos 70, Jimi Hendrix e o blues elétrico moderno, tá tudo dentro dessa mistura de referências que gosto de ouvir. O próprio “Desespero” e esse álbum são elementos de estudo com relação à produção musical, a parte de entrar no estúdio e gravar, mixar e masterizar. Esses trabalhos são resultados disso, dá pra compreender a evolução desse estudo, o grande processo é tentar extrair, com a acessibilidade da tecnologia, a essência vintage do som, que é a minha referência, os clássicos do rock e do blues. É interessante ver os novos elementos sendo agregados à música, tentar fazer uma coisa diferente do que você fez antes, testar, tentar, arriscar alguma coisa nova. Acho que esse álbum resume isso também, se colocar em perigo.
Ficha técnica
Matheus Libório: Voz, guitarra, composição, produção, mixagem e masterização
Konrado Schmidt: Baixo (Faixas 1, 4, 5, 6, 7 e 8)
André Sartén: Baixo (Faixas 2, 3 e 9)
André Pelisser: Teclado (Faixas 1 e 4)
El Cid Ribeiro: Teclado (Faixas 5 e 9)
Amanda Thomsen: Bateria (Faixas 1, 4, 5, 6 e 8)
Beto Jacobsen: Bateria (Faixas 2, 3 e 9)
Binho Toledo: Percussão (Faixas 1, 4, 7, 8 e 9) e bateria (Faixa 7)
Mario Neto: Arte gráfica
Foto: Heifara Nascimento