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A Não é mais inverno, de Laguna, tem uma trajetória cheia de curvas. Matheus Pires Rodrigues (voz e guitarra) e Jean Neves Barcelos (baixo) foram incorporando e perdendo parceiros ao longo desses cinco anos de banda e, no meio dessa caminhada, lançaram dois EPs, três singles e o álbum “Caos/Cosmos”, que saiu no dia 30 de março nas plataformas digitais. Fazer música nunca foi um problema para esse grupo de Laguna, que agora é um quarteto, com as entradas de Lucas Maximiliano (guitarra) e João Felipe Sydorak (bateria). O desafio do momento é se organizar, aprender a trabalhar com marketing digital e entender como funciona o mercado. E para ajudar nessa nova fase a banda conta com o apoio o produtor Djin Samsa, que traz a experiência em projetos como a Ponto Nulo no Céu, o Coletivo Rajada e o selo Umaré.
“Caos/Cosmos”, composto em grande parte pelo vocalista, é um trabalho bem pessoal e apresenta a transição de um momento ruim vivido pelo artista para a sua resolução. A sonoridade mais pesada, abandonando a estética oitentista, foi algo definido desde o começo: Matheus Pires Rodrigues queria que o instrumental fosse condizente com as letras. Em contato com o Rifferama, o cantor, guitarrista e compositor falou sobre o processo de produção do álbum, que foi mixado de forma remota por Murilo Ribeiro, que atualmente vive na França, sobre a mudança estética gradativa que ocorreu com a Não é mais inverno e também os planos para o futuro próximo. Além da questão de gerar conteúdo e buscar a profissionalização, a banda não para de escrever — um novo EP será gravado ainda neste ano e dessa vez deve ser produzido pelo próprio grupo.
— Foi massa trabalhar com o Murilo (Ribeiro), a gente teve uma proximidade, algumas ideias que tivemos depois de já termos gravado o álbum, ele acrescentava, principalmente com relação a sintetizador. A gente queria trazer um pouco mais de peso, acrescentar outros efeitos, usar distorção, deu uma mudada na sonoridade. As letras sempre foram melancólicas, é o meu jeito de escrever, mas dessa vez quis encaixar junto com o instrumental. O momento agora da banda é de organização, a gente sabe fazer música, mas é perdido no mundo musical, e o Dijjy (Djin Samsa) está entrando nesse ponto de dar uma direção pra gente. “Caos/Cosmos” foi feito nesse momento de confusão. Nosso planejamento é fazer o álbum rodar, estamos vendo estratégias para isso e trabalhando nesse lado artístico, além de produzir conteúdo também.
Foto: Djin Samsa