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A cantora e compositora Nathasha Mayer, de Blumenau, teve um começo promissor na música. Ao lado da parceira Stella Villar no projeto A SOMAH, em atividade entre 2018 e 2019, participou de eventos abrindo para nomes como Flora Matos, Costa Gold, Dow Raiz, entre outros, tendo lançado apenas um single, “Lições da vida”. Por questões pessoais, a dupla acabou se afastando, chegou a pandemia e a artista, que se apresenta agora como Nathysha, começou a escrever as músicas do seu primeiro álbum, “Sinto muito”, que saiu no dia 8 de agosto nas plataformas digitais. Foram três anos de trabalho ao lado do produtor baldin, responsável por grande parte (60%) das batidas e instrumentais, além da mixagem e masterização — o disco ainda conta com Cal Will e Prodbyrafa nos beats e traz as participações dos rappers DSHOCK B e Dreke em “Energie” e “Dilemah”, respectivamente. A faixa título ganhou um clipe dirigido por Maria Luísa Machado, enquanto a fotografia ficou a cargo de Diego Cagnato.
A música entrou muito cedo na vida de Nathysha, tocou em fanfarra quando criança, participou de festival de bandas e também fazia dança de rua. “O rap sempre falou muito comigo”, contou. Após terminar a faculdade e se estabilizar no trabalho (atua como bancária), a artista fez amizade com pessoas que rimavam, foi aí que conheceu a Stella, com quem pretende voltar a gravar no futuro: a dupla tem um EP na gaveta para ser lançado. “Sinto muito” faz parte de uma busca por autoconhecimento na qual a artista começou a escrever sem parar. Muitas das músicas que entraram para o repertório do álbum eram apenas poesias e depois foram arranjadas para compor o material. Nathysha não segue um processo de criação linear e se envolveu bastante nos trabalhos com baldin, o que fez a diferença para passar os sentimentos que gostaria com as músicas. Em contato com o Rifferama, a cantora e compositora falou sobre a inclusão de “Cigana”, seu primeiro lançamento solo, ainda em 2020, e sobre a produção de “Sinto muito”.
— Várias pessoas já conheciam “Cigana” antes de ela ter sido lançada com o clipe, pois eu cantava nos shows da dupla, as pessoas se identificavam muito. Era uma música que era muito esperada para sair nas plataformas digitais, está dentro do álbum, faz parte dessa trajetória. É o carro-chefe. Todas as tracks de “Sinto muito” vibram nessa questão do sentir, de diversos aspectos. Eu estava numa busca de autoconhecimento e comecei a compor loucamente. Nunca tive uma linha de criação igual, dificilmente eu peguei um beat pronto e encaixei uma letra, foi muito mais um trabalho de desenvolver batidas para as melodias que eu criei para as minhas letras. O baldin foi a pessoa que eu mais me identifiquei em questão de produção. Ele me deixa muito confortável para participar do processo criativo, posso ajudar a escolher os timbres, colocar uma pausa, fazer uma virada, a gente esboça muito isso no papel e ele super me entende. A gente fez esse trabalho em conjunto, colocando palavras que significam os sentimentos que eu queria passar.
Foto: Diego Cagnato