O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, DOBERRO, Camerata Florianópolis, Lord Whisky Distillery e Bro Cave Pub
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
No último fim de semana antes do decreto (nº 515, de 17 de março de 2020) que estabeleceu situação de emergência em todo estado em virtude da Covid-19, Lucian Dalçoquio “Cupin” (@bonitopordentro_) e Marcello Marochi (@ranopano_) se reuniram para ensaiar com o objetivo de montar uma banda de rock triste. Com a pandemia, Marochi passou uma temporada na casa dos pais, no Paraná, enquanto Cupin seguiu produzindo sozinho no Rio Vermelho. A dupla, que já integrou outro projeto de música instrumental, foi reeditada no fim de 2021, quando RanoPano voltou para Florianópolis. O trabalho fluiu de forma surpreendente e no dia 6 de maio o duo Nostardamos lançou o primeiro álbum, “We’ve Been Late”, com 14 faixas, e desde então divulgou outros três singles.
A sonoridade do Nostardamos, no entanto, foge um pouco da proposta original que Cupin e RanoPano tinham pensado para o novo projeto. Em vez do rock instrumental das bandas Transcendental Cid ou Abakaxy Kitudo V, o duo faz uma música eletrônica experimental, com influências de Aphex Twin, Boards of Canada, Daft Punk, entre outros. Em contato com o Rifferama, Marcello Marochi afirmou que a meta é cada um ter a sua carreira na produção digital, mas que o cenário ainda é incerto, já que estão entrando num terreno desconhecido por eles. Além de criar repertório para o Nostardamos (a ideia é lançar mais dois álbuns até 2023), a dupla planeja trabalhar com publicidade e compor trilhas sonoras.
— Não sabemos se vamos discotecar as nossas músicas ainda. Estamos pensando, comprando equipamentos, estudando mixagem, piano, produção. É uma novidade pra nós, estamos pensando em como vamos fazer para tocar, os lugares serão diferentes, o público também. É um nicho que a gente nunca participou, mas sempre curtiu o tipo de música eletrônica que estamos fazendo. É uma transição, a gente faz umas coisas que remetem um pouco as nossas outras bandas, tem muito synth, riffs, melodias bonitas, só temos mais recursos, instrumentos virtuais, é só escolher e baixar. Temos mais liberdade de criação e experimentação, e mais ferramentas para atingir o tipo de som que a gente sempre quis. É a nossa melhor fase, o melhor projeto que já fizemos e estamos bem felizes com isso.