O Rifferama tem o apoio cultural de 30 Por Segundo, Mini Kalzone, Camerata Florianópolis, Biguanet Informática, TUM Festival e Desterro Autoral
Contribua com a campanha de financiamento coletivo do Rifferama no Catarse
Um fenômeno comum na música é a renovação do público e, por consequência, uma retomada da popularidade de estilos que estavam um pouco esquecidos pelas massas. Trazendo para o Brasil, o emo experimenta uma segunda onda, com o NX Zero lotando estádios e a Fresno se firmando como a banda símbolo do gênero por aqui. É nesse cenário que a Desafogo foi formada no ano passado, em Florianópolis. Com referências de outras vertentes como shoegaze, post-hardcore e rock alternativo, e grupos como Citizen e Movements, Lucas Basso (voz), Bruno Oliveira (guitarra), Arthur Grings (guitarra), João Ilha (baixo) e Carlos Juraszek (bateria) escreveram as canções presentes no EP “Não dá pra ganhar todas”, lançado na última sexta-feira (25). O material foi gravado em novembro de 2023, com produção de Bruni Figueiredo (Black Days) e mixagem e masterização de Victor Mendes.
A Desafogo teve alguns percalços (e ainda tem, pois o registro não está disponível no Spotify) até a divulgação do EP, o que fez com que a banda dividisse o palco com o Bullet Bane, em agosto, sem ter o seu som nas plataformas digitais. Para diminuir a ansiedade do público e dos próprios músicos, o grupo divulgou no começo deste mês o single “Sufoco”, que ganhou um videoclipe com direção do guitarrista Arthur Grings e do baixista João Ilha e a participação das atrizes Dea Busato e Maria Valentina Britzke. O show de lançamento de “Não dá pra ganhar todas” será realizado no dia 15 de novembro, no Desgosto, ao lado de Bella e o Olmo da Bruxa (RS). Em contato com o Rifferama, o vocalista Lucas Basso falou sobre a sonoridade da Desafogo, que tem forte ênfase nas melodias de guitarras elaboradas, a influência do emo presente no EP e o processo de produção desse trabalho.
— Ao mesmo tempo que existiam essas referências, não necessariamente a gente estava seguindo. Tinha esse referencial do emo, a banda no geral gosta bastante de Fresno, começamos a ver que esse momento estava voltando e pensamos se a gente tinha cancha pra ir atrás disso, se as músicas se relacionam e percebemos que sim. As cinco faixas do EP foram compostas com tudo isso em mente, mas nada estruturado. Eu sou o mais alienígena da banda, os guris têm muita afinidade com o que eles ouvem. Os dois guitarristas são muito talentosos, gosto de deixar o instrumental dar o corpo, a atenção ou o sentimento necessários para a música, com o vocal aparecendo nos momentos que têm que aparecer. O Bruni veio para Floripa e alugamos uma casa de sexta a domingo para todo mundo poder dormir lá e ficar juntos gravando o EP. Foi tudo bastante natural, gravamos baixo, guitarras e vocal e optamos por fazer a bateria eletrônica para economizar tempo. Tivemos alguns problemas na produção e mixagem que fizeram a gente demorar tanto tempo para lançar esse EP, mas estamos felizes de colocar ele no mundo.
Ficha técnica
Áudio
Voz: Lucas Basso
Guitarra: Bruno Oliveira
Guitarra: Arthur Grings
Baixo: João Ilha
Bateria: Carlos Juraszek
Produção: Bruni Figueiredo
Mixagem e masterização: Victor Mendes
Vídeo
Direção, roteiro e edição: Arthur Grings e João Ilha
Direção de fotografia: Arthur Grings e Pedro Frizzo
Assistente de fotografia: Leonardo Carradore
Elenco: Dea Busato e Maria Valentina Britzke
Figurino e maquiagem: Ana Luísa Seara, Karol Parode e Andressa Carlini
Color grading: Arthur Grings
Edição de som e lettering: João Ilha
Agradecimentos: Ágatha Silveira, Ana Luísa Seara, Júlia Kock, Letícia Vieira, Augusto Seara, Leonardo Carradore, Diva Britzke, Mateus Bamberg, Victor Silveira, Bruna Travessaro e Elisa Imperial
Apoio: Pousada Casa da Praia, Refúgio do Cacupé e Roots Records
Foto: Elisa Imperial