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O cantor e compositor Jorge Fidélis já tinha a experiência de gravar com os músicos tocando ao vivo no estúdio: o EP “Quando o dia terminar”, lançado em 2022, foi feito dessa forma. O artista de Araranguá tomou gosto por esse formato e no ano seguinte apresentou o álbum “Ao vivo e elétrico”, com oito canções. A diferença desses materiais para o novo trabalho, “Olhos nus”, que saiu no dia 10 de julho nas plataformas digitais, é que as quatro faixas foram captadas no sistema analógico (em fita), objeto de desejo de muitos músicos. O registro aconteceu em março de 2024, quando Jorge Fidélis viajou para Petrópolis (RJ) com os integrantes da sua banda: Matheus Panda (baixo e voz), Éder Ferr (teclas) e Dida Martins (bateria). O material foi trabalhado pelo produtor musical e engenheiro eletrônico Lisciel Franco no ForestLAB Studio, que já recebeu outras bandas catarinenses como Nouvella e Scumbags.
Além da questão da qualidade sonora e da nostalgia envolvida pelo processo, “Olhos nus” trouxe um convívio que os músicos ainda não tinham experimentado. Entre a viagem de ida, os três dias de trabalho no estúdio e o retorno para o Sul do estado, o quarteto passou uma semana fora de casa — a gravação foi planejada com quase um ano de antecedência. “Fomos de carro, foram 20 e poucas horas para chegar em Petrópolis. Estávamos em cinco pessoas em um carro só, levamos equipamentos, paramos muitas vezes. Foi muito divertido, nunca passamos tanto tempo juntos”, comentou o artista. Com o EP disponível, o cantor e compositor tem dois videoclipes na manga para divulgar e também deve compartilhar imagens de bastidores nas redes sociais. Em contato com o Rifferama, Jorge Fidélis comemorou o resultado de “Olhos nus” e exaltou a oportunidade de trabalhar com Lisciel Franco.
— O que nos afastava de fazer analógico era a logística. Já conhecia o trabalho dele, marquei com muito tempo de antecedência. Fomos arranjando as músicas, ensaiando para pegar as dinâmicas, foi um aprendizado legal. Sabíamos que teríamos que chegar lá e tocar, então ensaiamos por quatro meses. O estúdio é um parque de diversões, com todo o equipamento disponível. Eu usei um Marshall Soldano, que era a referência que eu tinha da guitarra do Daniel Johns do Silverchair, queria muito usar aquele amplificador. É um som que sempre procurei, sou guitarrista antes de qualquer coisa. A bateria na fita soa muito real, uma pressão massa. Foi muito legal contar com a visão de alguém de fora com essa experiência, lembro de ele sugerir algumas mudanças de melodia, alguns timbres. São quatro músicas fortes, algumas com elementos que eu não tinha trabalhado ainda. Estou muito feliz com o resultado.
Ficha técnica
Jorge Fidélis: Voz, violão e guitarra
Matheus Panda: Baixo e voz
Éder Ferr: Teclas
Dida Martins: Bateria
Vinicius Póvoa Fernandes: Arte da capa
Lisciel Franco: Produção, captação, mixagem e masterização
Foto: Vagner Passos

