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Até 2021, a cantora e compositora Lune se apresentava como Laís Metzger nos seus trabalhos. Natural de Rio do Sul, mas criada em Florianópolis, a artista assume a sua nova identidade no EP “Erva doce”, divulgado no começo de novembro nas plataformas digitais. omundodelune representa a sua conexão com a lua e a natureza, mas também com a música e faz parte de um processo de autoconhecimento. “Comecei a perceber que ninguém achava Laís Metzger e sentia que não me levaria muito longe. Gosto de Lune por ser um nome que não diga especificamente um gênero, estou me encontrando nesse entre, me entendendo como uma pessoa não-binária”, explicou. O registro, que tem cinco faixas, foi produzido em Palhoça pelo multi-instrumentista, DJ e engenheiro de áudio MacSativos.
Bastante ligada ao rap, tendo gravado com artistas como Zudizilla, Murica, Makalsiter e Beli Remour, Lune começou a sua trajetória em 2018, quando lançou a sua primeira canção, “Onde o amor está?”. No mesmo ano, a artista foi tentar a sorte em São Paulo, onde fez parte do grupo momentum, ao lado do produtor Alã Alves, com quem produziu o EP “musgo silvestre”. Foi um período de bastante trabalho e aprendizado, mas as circunstâncias trouxeram a cantora de volta para Floripa. Antes da troca de nome artístico, Lune apresentou quatro singles, que trazem uma estética pop, influenciada pelo hip hop, mas também pela soul music e pelo R&B. “Erva doce” tem uma sonoridade mais orgânica, com instrumentos (guitarra e baixo) tocados e marca essa nova fase, que inclui uma graduação em Artes Cênicas em andamento pela Udesc (Universidade Estadual de Santa Catarina) e planos de gravar com outros artistas.
— “Erva doce” começou a ser gravado no ano passado, fiz essa parceria com o produtor e ele pira em gravar e tocar as coisas ao vivo. Estava na hora de mostrar um trabalho mais concreto, sempre gostei de álbum e meu sonho ainda é lançar um. Eu tinha algumas letras e referências de beats que mandei pra ele e fizemos tudo juntos. Tento não me encaixar num ritmo, não vou falar que é exatamente rap, mas mistura, é um soul ritmado, psicodélico, esse trabalho traz uma evolução como artista, até nas letras, firmando um posicionamento. “Erva doce” é esse mergulho pra dentro, de pensar em si mesmo, tomar esse tempo para se olhar. Tem bastante coisa vindo aí, tenho outros singles gravados, um clipe pronto do EP e outro sendo feito. Quero chamar artistas que admiro para gravar comigo, geralmente lanço feat com outros artistas que me convidam. Pretendo me formar daqui dois anos e quero viajar esse mundão afora.
Foto: Dressa Ferreira
Lindo família! Obrigada pela matéria