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Os Gambitos voltam ao indie com single “Coração de Tie-Dye”

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Nos últimos anos, Os Gambitos, projeto de Fabio Bianchini (voz e guitarra) que existe de vez em quando, adicionou ao seu repertório as marchinhas. Em 2020 (“A praça”), 2022 (“Carnaval de novo”) e 2023 (“Hercílio Luz”, também presente no EP “Micareta”), a banda lançou músicas com essa temática e estética. O artista, inclusive, chegou a participar do Concurso de Marchinhas e Marcha-Rancho, promovido pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. O single “Coração de Tie-Dye”, divulgado no dia 10 de fevereiro, com clipe de bonequinhos (mais um!) dirigido por Humberto Montenegro, retoma a sonoridade indie do grupo. A faixa, que faz parte do EP “Winter Electro Misses”, com previsão de lançamento para maio, foi gravada no Estúdio Urbano por Cicero Fernando Bordignon e Joel Rosa da Luz, com participação de Marcio Bicaco na bateria, e tem mixagem e masterização de Alexei Leão.

Os Gambitos, uma banda que existe de vez em quando, segundo o próprio Bianchini, apesar de ser um projeto solo, sempre teve uma formação definida — o fato de ter convidados diferentes nas gravações sugere o contrário. O guitarrista Gustavo Cabeza está desde quando os primeiros shows começaram a acontecer, em 2018, e até hoje o time teve dois baixistas e dois bateristas: Luiz Henrique Cudo e Fernando “Franckito” Portela, Xando Passold e Marcio Bicaco, respectivamente. Como também fazia um tempo que a banda não lançava um trabalho “normal”, essa coisa da marchinha ficou no imaginário do público: o último registro tinha sido o EP “Festa na piscina das políticas do pós modernismo”, que saiu em 2021. “Esses singles de Carnaval são uma exceção. Tanto que a “Hercílio Luz”, a melodia e estrutura no fundo parece bastante com Gambitos. Nos primeiros ensaios para o último show a gente chamava de versão Belle and Sebastian. É engraçado, tu muda uma coisinha no arranjo e muda bastante a música”, comentou Bianchini. Em contato com o Rifferama, o músico falou sobre o novo lançamento.

— Pelo fato de ser uma banda que não ensaia toda semana, varia bastante no estúdio. Eu tenho essa sorte de ter um monte de amigo talentoso, se o Cabeza não pode tocar, eu mando uma mensagem para o Ulysses Dutra, para o André Seben ou para a Jéssica (Dirty Grills). Quando eu tenho uma ideia fora do padrão, como em “Meimbipe”, eu não tinha a menor ideia de como executar e o Chico Abreu (Skrotes) tocou o baixo. Essa flutuação toda da formação de estúdio é um pouco disso, de otimizar o tempo e aproveitar esse luxo que eu tenho de ter tanto amigo bom. No EP a gente não está exatamente voltando (com a sonoridade indie), nunca deixou de ser essa história, mas faz essas brincadeirinhas fora. É meio que seguindo em frente, continuando o que a gente sabe fazer. A gente sabe ser Gambitos. E nesse a gente tinha ideia de, dentro dos nossos parâmetros, de ser pop, mais roqueiro.

Foto: Joel Rosa da Luz

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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