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Outros Bárbaros se conecta ao passado e grava álbum em trio

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O terceiro álbum dos Outros Bárbaros, “Pelas Ruas das Américas”, com lançamento previsto para fevereiro de 2026, traz uma nova versão do grupo, agora em trio, com Maurício Peixoto (voz, guitarra e teclas), Eduardo Lehr (baixo) e Marco Mibach (bateria), ao mesmo tempo em que se conecta ao passado. “Fortaleza hostil”, single que retoma a divulgação do disco, foi divulgado na última sexta-feira (12) nas plataformas digitais e homenageia, no instrumental e também na estrutura da canção, o Aerocirco, ex-banda de Peixoto, que também integra o Tijuquera. Antes de liberar o registro na íntegra, os Outros Bárbaros ainda apresentam mais uma inédita, “Nós dois”, no dia 9 de janeiro.

“Pelas Ruas das Américas” começou a ser divulgado em dezembro de 2023, com o single “Brasil Criança”, que entra como bônus ao lado de “O que ficou de nós”, parceria com Sergio “Nei” Coelho (Primavera nos Dentes). O projeto teve de esperar devido a outros compromissos dos músicos e, quando as gravações foram reiniciadas, no Bárbaro Estúdio, em Florianópolis, o tecladista Diego Stecanela não conseguiu participar do processo — o músico tocou apenas na faixa título. “Fortaleza hostil” liga passado e presente não apenas pela citação ao Aerocirco, a letra segue o discurso e estética do álbum de estreia dos Outros Bárbaros: “Anoitecerá orgulho, amanhecerá prisão” é o desfecho que todos que ouviram “O que eles querem?” esperam desde 2018.

Segundo o vocalista e guitarrista Maurício Peixoto, que produziu o disco, a referência a sua antiga banda aconteceu por acaso. Mesmo assim, “Fortaleza hostil” é um típico rock dos Outros Bárbaros. “ Desde o primeiro ensaio com a banda, a levada que o Quinho (baterista) e o Lehr foram fazendo era bem a cara de coisas que o Aerocirco fazia. Rolou tão naturalmente que parecia que tinha que ser isso mesmo e ficou também como uma homenagem. Normalmente faço bastante citações nas letras como modo de mostrar o que inspira a gente. Dessa vez foi nos arranjos mesmo, apesar de que na letra dessa música também há citações. Ela é um fechamento de ciclo com coisas que a gente dizia lá no primeiro álbum, dessa ascensão de ódio e extremismo”, explicou.

Ficha técnica

Maurício Peixoto: Vocais, guitarras, violão, sintetizador e hammond; produção e captação; arte gráfica
Eduardo Lehr: Baixo
Marco Mibach: Bateria
Mixagem e masterização: Alexei Leão
Foto: Manu d’Eça

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. Seu lindo!

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