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Nos dois primeiros EPs, “À própria sorte” e “Próximo do fim!”, lançados em 2022 e 2023 nas plataformas digitais, respectivamente, a PachorrA firmou o seu posicionamento antifascista, com letras que tratam das tragédias do cotidiano brasileiro. Para o seu material mais recente, “Invisível social”, que saiu em dezembro, o quarteto formado por Pogo Fonseca (voz), Marcelo Molinos (guitarra), Marcelo Menna (baixo e vocal) e Dudz Zoidz (bateria) decidiu buscar outra sonoridade — os registros anteriores foram gravados no MAU – Música e Arte Urgente, em Florianópolis, por Ricardo “Rhino” Rocha. Dessa vez, a banda trabalhou no AeroTullio Sound Distillery, com Leandro Lazzarotto (Bizibeize), responsável pela captação, mixagem e masterização. O show de lançamento do novo EP acontece nesta sexta-feira (7), no BECO Bar, em São José, com Jammanta e Cranqz — ingressos.
A PachorrA segue com o discurso forte e as seis faixas tratam sobre a sociedade que discrimina, invisibiliza e aniquila mulheres, negros, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas em situação de rua, pobres e trabalhadores que estão à margem da visibilidade. Além de colocar o dedo na ferida, a banda soa mais pesada, por vezes thrash, mas caminhando pelo crossover, que é a mistura do metal com o hardcore: tem até espaço para um flerte com o rock and roll na música que encerra o repertório, “Código”. A diversidade de temáticas e também essa abrangência de estilos que o quarteto abraça tem a ver com o fato de que todos os integrantes são compositores, tanto de letra quanto de instrumental. Em contato com o Rifferama, o vocalista da PachorrA, Pogo Fonseca, falou sobre a evolução que “Invisível social” apresenta.
— Esse terceiro EP vem no caminho de dar uma nova visão para o som da banda, seja de produção e captação. “Invisível social” também traz uma evolução sonora da banda. Ouvindo o EP inteiro dá para perceber que ele é mais homogêneo, nos outros cada música carregava para um lado e nesse dá para perceber elementos diferentes, mas é uma coisa só. Todas as composições da PachorrA são muito pessoais, a gente não pega um tema social ou algo que esteja acontecendo e falamos sobre isso, elas partem de experiências nossas mesmo. As músicas mais pesadas são as mais carregadas de raiva, por isso elas trazem um pouco mais de agressividade. A última música, se tirar o gutural ela tem uma pegada rock and roll. Como todo mundo na banda compõe tudo, acaba sendo uma confluência de gostos, por isso que as nossas músicas, por mais que sigam uma linha questionadora, elas têm reflexões.
Foto: Mariana Molinos
Valeu Daniel pela parceria! Não tem como não odiar tudo o que está posto em nossa realidade. Falar sobre isso é importante. Lembrar, relembrar, refletir, não esquecer, não repetir! Abraços a todos! FCK NZS!