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Padendê revela suas referências brasileiras em primeiro EP

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O Padendê foi formado no contexto da pandemia, após Emilia Carmona e Leo Arquimedes se conhecerem em um sarau em Florianópolis, em 2019. A primeira versão do grupo, que apresentou “Terceiras estórias” no dia 1º de novembro nas plataformas digitais, contava apenas com os dois, que recorreram a Mateus Romero para somar na empreitada. Na época, o produtor estava trabalhando em “LaMachi”, primeiro lançamento solo da cantora, que saiu em 2021. A banda precisava de um percussionista e Diogo Costa, companheiro de Los Desterros de Emilia, foi a escolha óbvia. Com essa formação, mais as participações de Eva Figueiredo no clarinente e Rafael Camorlinga no saxofone, o Padendê registrou as três músicas do EP, que mixado e masterizado por Rafael Pfleger. Além da produção musical, Romero fez os arranjos em parceria com o grupo, programação, gravou contrabaixo e percussão. 

Depois de finalizar os trabalhos e o mundo ter voltado mais ou menos ao normal (será?), chegou a hora de pensar no palco e o Padendê se transformou novamente, com as entradas de Francisco de Assis Jr (Atrás do Pensamento) no baixo e Mauro Fontoura (Muñoz) no saxofone — Mateus Romero fica na retaguarda, como produtor. A geografia da banda explica a sonoridade brasileira de “Terceiras estórias”: Emilia é a única manezinha do grupo. “O Leo Arquimedes e o Chico são paulistas, todo mundo da quebrada, o Mauro é de Goiás e o Diogo é de Campo Grande. Todos nós moramos aqui há muito tempo, mas as referências que cada um traz estão presentes no som. É um time muito criativo”, falou a cantora e compositora. As referências do EP são o samba e os artistas paulistas contemporâneos como Metá Metá, Kiko Dinucci e Juçara Marçal, dialogando com a bagagem dos integrantes. Em contato com o Rifferama, Emilia falou sobre a sonoridade de “Terceiras estórias” e a sequência dos trabalhos.

Não sou cantora de samba, não tenho trajetória no samba, é uma filosofia de respeito, então é bem importante falar que a pretensão do EP não é ser um disco de samba, por isso que fizemos esse diálogo. Ele apenas pincela essas referências e a vontade de fazer samba. A gente se embriaga dessas referências paulistanas contemporâneas, é um lugar onde a gente se encontra bastante. Quando a gente se juntou com o Mateus (Romero) a gente encheu ele de referências. Essas músicas têm textos brasileiros, todas as cenas podem se passar em qualquer cidade do país e em cada uma delas a gente viu uma chance de pintar uma tela sonora. A gente trazia muita coisa, mas tinha que fazer escolhas e acabamos chegando nesses lugares que as músicas apresentam. Tivemos essas contratações maravilhosas em 2023, o Padendê antes não era banda, agora temos um grupo, que ensaia. Queremos construir um pouco mais em cima disso, não sabemos para onde vamos, vamos atrás do que queremos agora. O maior plano mesmo é engatilhar um álbum com mais músicas.

Ficha técnica

Voz: Emilia Carmona e Leo Arquimedes
Violão e guitarra: Leo Arquimedes
Contrabaixo, programação e produção musical: Mateus Romero
Percussão: Diogo Costa e Mateus Romero
Clarinete em “Farol de abril”: Eva Figueiredo
Saxofone em “Baio de aço”: Rafael Camorlinga
Arranjos: Mateus Romero e Padendê
Mixagem e masterização: Rafa Pfleger
Arte visual: Sttar

Foto: Mauro Fontoura

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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