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Parafuso Silvestre abre “Guarda-volumes” e divulga single

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“Precisamente”, último single da Parafuso Silvestre, divulgado em julho, apresentou uma banda diferente. Primeira amostra do álbum “Guarda-volumes”, a música traz contornos pop numa estrutura de canção convencional. “Combatendo distrações”, que saiu na última sexta-feira (29 de agosto) nas plataformas digitais, segue a fórmula e confirma a estética que o quarteto formado por Taro Löcherbach (voz e guitarra), Julio Victor (guitarra), Bruno Arceno (baixo) e Juarez Mendonça Júnior (bateria) está trabalhando para o disco, que deve ter oito faixas. Antes de disponibilizar o registro completo para audição, o grupo ainda solta mais dois singles, em setembro e outubro — incluindo “Desastres naturais”, parceria com o cantor e compositor Jean Mafra.

“Combatendo distrações” representa bem “Guarda-volumes”, que recebeu esse título pelo processo criativo da Parafuso Silvestre. O repertório do álbum foi gerado a partir de ideias de canções que estavam esperando o momento de nascerem. Riffs, melodias, harmonias, pedaços de textos. Em princípio, o esboço com os acordes tinha sido rejeitado pela banda por ser comercial demais, mas o vocalista e guitarrista Taro Löcherbach insistiu e trouxe a letra pronta para os outros integrantes do grupo, que foram convencidos. Além dessa forma de trabalhar os arranjos em conjunto, outra característica marcante da Parafuso Silvestre é o revezamento nos instrumentos de cordas. Bruno Arceno foi baixista no primeiro EP, de 2017, guitarrista no segundo, de 2018, e nos singles “Desdentado” (2019) e “Absurdo feroz” (2021), enquanto Julio Victor assumiu a guitarra no EP de estreia, nos singles “Tudo que o vento afaga” (2019) e “Mergulho” (2020), e nessas prévias do disco.

— A gente tem muito material guardado, meu e do Taro. Quando fizemos a triagem dessas ideias achamos a base de “Combatendo distrações” muito comercial, mas o Taro investiu nela e a galera pirou no jeito dele de interpretar, a letra muito forte, e ela acabou entrando. Foi uma insistência dele que deu certo, ela soa um pouco pop, mas o nosso intuito era que a música fosse mais emotiva por causa da letra. Adotamos uma técnica bem legal que está funcionando pra gente nos arranjos. O Jureca (baterista) vem dando muitos pitacos de ritmo, aí a gente acha as notas e vai construindo as frases. O revezamento tem sido uma questão de iniciativa. Ultimamente tenho pensado mais facilmente em baixo do que em criar uma segunda guitarra. Não será uma regra, acredito que vamos dividir meio igual. Tem muita coisa minha que trago de guitarra, de composição, e às vezes vou ser o guitarrista por conta disso. São estilos diferentes que se encaixam bem.

Foto: Tóia Oliveira

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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