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O primeiro trabalho da Pogo Zero Zero (PZZ), de Florianópolis, uma demo com quatro faixas, saiu em 2013, dez anos depois de a banda ser formada. Passada uma década, com muitos shows no currículo nesse período, incluindo ao lado de nomes como Nervosa, Surra, Gritando HC, Cólera, Rattus (Finlândia), entre outros, o grupo está prestes a divulgar o primeiro disco. “Pátria que nos pariu” traz 12 músicas e deve ser lançado entre junho e julho nas plataformas digitais e também em CD. A formação atual da PZZ é um quinteto com Guilherme Bridon (voz), Rodrigo Ulrich (guitarra), integrantes do projeto desde o começo e principais compositores, Guilherme Garbelotto (guitarra), Thiago Telles (baixo) e Lédis Ferreira (bateria), músicos com passagens por diversas bandas do cenário independente do estado como Khrophus, Sengaya, Antichrist Hooligans e Fatal Blow.
O repertório do álbum traz músicas que fazem parte dos shows do grupo, exceto “Tiro na cara de Cristo”, divulgada no dia 2 de fevereiro como single, e “Desprezível vida”, que foram compostas recentemente e apresentam uma pegada diferente em relação à sonoridade das PZZ, incorporando influências do metal ao hardcore/punk praticado pelo quinteto — o chamado crossover. Em contato com o Rifferama, o vocalista Guilherme Bridon falou sobre o processo de criação da Pogo Zero Zero e também sobre os temas das letras. Movida à indignação, a banda fala aborda de uma forma crítica questões políticas e sociais, além da religião, que é um assunto recorrente das faixas. “Tiro na cara de cristo”, por mais que o nome possa sugerir outra interpretação, é direcionada aos seguidores do ex-presidente.
— A gente tem 12 músicas e elas fazem parte do show que sempre fizemos. Estamos exorcizando elas, vamos lançar esse CD de uma vez e temos planos para começar a fazer novas e, a partir do segundo disco vai começar a mudança (na sonoridade), mais ou menos na linha do último single. Eu faço as letras, algumas músicas também e temos uma espinha dorsal que geralmente o Rodrigo e eu fazemos. Passamos a base para a banda e vamos para o estúdio criar os arranjos. Quando a música não é minha começamos a tocar e faço as linhas de voz sem letra pra ter uma noção do que precisa ser colocado em cima. “Tiro na cara de Cristo” aborda a seita dos seguidores do ex-presidente. É uma contradição eles apoiarem uma pessoa que levanta a bandeira da arma, do ódio, da intolerância, que é completamente o contrário do que o Jesus deles pregou. Por isso é um tiro na cara de Cristo, da palavra que eles dizem seguir, mas não seguem. É sempre sangue nos olhos, a justiça com as próprias mãos, sem aceitar o diferente.
Foto: Julio Cesar Scheibe
PZZ é parceria monstra de SJHC!