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A Police Play Eggs começou as suas atividades em 2001, em Indaial, e no mesmo ano lançaram a primeira demo, “Saibahankas”, regravada em comemoração aos 20 anos com a formação atual, que consiste em Marcelo Beyer (voz e guitarra), Tonie Nascimento (baixo), fundadores da PPE, e Kaiser Novelli (guitarra) e Gerson Kurth (bateria). Musicalmente, o próprio grupo afirma que tem uma “forte, visível, explícita e proposital influência de Green Day”, tanto que desde 2007 o quarteto (que tem uma versão em sexteto, com Flavio Gebien no trompete e Andrezão Filipe Andrade no trombone) faz um tributo ao trio californiano. A referência à banda de Billie Joe Armstrong sempre esteve presente no trabalho autoral da Police Play Eggs, mas “Arena”, single divulgado em dezembro, foge um pouco desse padrão, não só musical, mas também de produção. Pela primeira vez o grupo não cuidou de todo o processo — a faixa, que traz um som mais pesado, tem mixagem e masterização de Tiago Hóspede.
Com dois álbuns e um EP na discografia, a Police Play Eggs separa bem os projetos, mas às vezes as duas versões da banda coexistem. O fato de ter um show desses como portfólio, segundo o guitarrista Kaiser Novelli, ajudou a manter a banda em atividade durante todo esse tempo, seja ensaiando, compondo ou tocando pelo estado. Em 2019 a PPE encerrou um hiato de nove anos sem material inédito e, desde então, vem trabalhando mais em estúdio: além do relançamento de “Saibahankas”, que saiu em 2020, o grupo fez “Wonder” (2022), com cinco faixas e o cover de “One for the Razorbacks”, do segundo disco do Green Day, Kerplunk, de 1992, e “Arena”. O objetivo da banda agora é fazer músicas com arranjos para metais, aproveitando a formação em sexteto, que vem se destacando ao vivo. Em contato com o Rifferama, o guitarrista Kaiser Novelli falou sobre a sonoridade do novo single e os próximos passos da PPE.
— A gente sempre gravou em casa, lembro da época do “Pinowcase” (2008) que tinha que desligar a geladeira na cozinha para não dar interferência elétrica. Sempre foi feito na raça, muito mérito do Marcelo, que foi se profissionalizando nessa área. De fato, “Arena” veio uma parada diferente do que a gente estava acostumado, de sonoridade, de timbre. A música está agressiva, com uma pegada legal, não sei se vamos seguir nesse caminho. Temos muitas músicas para gravar e queremos fazer isso. Não sei ainda que formato, mas estamos a fim de fazer umas gravações ao vivo com os sopros e compor uma música com uma pegada, não exatamente ska, as músicas do “Saibahankas” eles fizeram linhas de sopro pra elas, mas estamos a fim de criar desde o começo com eles juntos, vai ser uma experiência legal. Vamos fazer uma nova identidade visual e merch, online e offline, camiseta, adesivo, palheta, bandeira de palco, é o próximo passo que vai rolar.
Foto: Carlos Sutter