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Em 2015, a Hope of Fools, de Florianópolis, lançou o seu primeiro e único EP, “Stains”. No ano seguinte, Leonardo Varella embarcou para os Estados Unidos para estudar guitarra na Berklee, a maior faculdade de música do mundo. Em 2024, o catarinense, que hoje vive em Los Angeles, não só realizou sonhos que pareciam distantes, como fazer turnês (já se apresentou em mais de 20 países), mas chegou onde poucos conseguiram. Estabelecido como músico de apoio, fazendo parte das bandas de artistas como Kali Uchis e grandson, com o qual abriu para o Linkin Park, Varella agora investe na sua carreira solo. O single “Confession1818 – The Overture”, divulgado em novembro nas plataformas digitais, é a primeira faixa do projeto “BRONCO”, de quatro EPs que serão lançados pelo cantor, compositor, guitarrista e produtor musical.
Com mais de 40 canções escritas em parceria com o saxofonista e também produtor James Alexander Vincent, seu colega na Berklee, Leo Varella começou a trabalhar nas suas canções em 2020, durante a pandemia, quando teve de retornar ao Brasil. Durante um ano, o guitarrista lançou algumas faixas com o objetivo de experimentar e encontrar a sua sonoridade, que reúne influências diversas, das coisas que escutou em casa com o seu pai, como rock progressivo, pop e folk, e toda a vivência que teve durante a faculdade, onde estudou entre 2016 e 2020 e tocou com instrumentistas de vários cantos do planeta. Em resumo (sem simplificar), a sua música traz de Deftones a Prince, passando por Milton Nascimento e Pharrell, e “Confession1818 – The Overture” tem violão brasileiro, a estética pop com guitarra distorcida e uma produção moderna, mas é só uma pequena parte do que tem para apresentar em “BRONCO”. Em contato com o Rifferama, Leo Varella falou sobre essa fase solo e o que vem conquistando na carreira.
— Eu não tive uma proposta definida, teve um momento de fazer várias músicas e começar a conectar os pontos. É o único controle que se tem do processo, as influências aparecem de forma natural. Fiz uma série de EPs, a ideia era fazer uma mixtape e um álbum, mas eu não conseguia ficar confortável com essa visão. “Confession” e as próximas duas são meio que a proposta, síntese e sinopse, aqui estão as perguntas, e os EPs são as respostas, o desenvolvimento. Um deles é mais rock, outro mais anos 80, no estilo de escrever, e um bem folk, bastante acústico, o quarto ainda está sendo moldado. Não vale a pena botar um disco solo muito cedo em Los Angeles. Tenho muitos amigos que fizeram Berklee e não conseguiram ter essas oportunidades. Não falo pra me vangloriar, mas de gratidão. Eu bati em todas as portas e a mais difícil era que eu merecia estar na frente do palco, cantando. Já tenho uma carreira, posso dizer não para uma turnê foda pra focar em fazer o meu trampo, que é o que falta pra mim. Se eu cheguei até aqui posso chegar até onde quiser. Tenho que confiar nas coisas que aconteceram, não tenho nada a perder.
Foto: kruleboi