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Em 2021, os irmãos Amon e Lucas Reis criaram a Seiva para, como diria Marcelo D2, celebrar os verdadeiros arquitetos da música brasileira. Com o reforço de Vitória Gregianin, que cuida da identidade visual, direção de arte, redes sociais e produção de eventos em conjunto com o trio, o projeto vem movimentando a cena independente de Joinville com a sua música que, apesar de ser influenciada por mestres da MPB como Jorge Ben, Caetano Veloso e Djavan, soa atual e traz novas referências. O primeiro single, “Dia 23”, veio em novembro de 2022. No ano passado, o duo divulgou mais duas canções, “Erupção” (junho), que também ganhou um videoclipe gerado a oito mãos, incluindo a direção criativa e produção visual de Miguel de Borba, e “Desatando os nós” (setembro), que contou com a participação da rapper Amazona, presença cativa na Festa da Seiva, rolê que já teve três edições na cidade.
O processo de produção das músicas é totalmente caseiro. Munidos de uma controladora e microfones, Amon e Lucas fazem a captação e trabalham sem uma banda fixa, tendo liberdade para experimentar formações diferentes a cada sessão. Os três singles que a Seiva lançou nas plataformas digitais tiveram mixagem e masterização de Giulia Ballarini, que também tocou percussão nas gravações. O EP de estreia deve chegar ainda neste ano, no segundo semestre. O registro, que se chama “Resumo”, em princípio, traz cinco canções que mostram um lado mais íntimo da dupla com a música e a realidade de ser artista independente no Brasil. Em contato com o Rifferama, o cantor Lucas Reis falou sobre a musicalidade da Seiva e o conceito do EP, que é “autoexplicativo”.
— A gente tem uma flexibilidade de tocar com outros músicos, temos algumas parcerias, mas não tem essa questão fixa. O projeto vem para trazer várias vertentes que são nossas, o nosso desenvolvimento como músicos é voltado para essa parte brasileira mesmo, que crescemos ouvindo. O propósito é enaltecer esse trabalho dos vanguardistas em quem a gente se inspira para fazer o nosso trabalho. Estamos produzindo um EP de cinco faixas que mostram um pouco mais desse lado do artista independente CLT, que é trabalhador e busca sobreviver do sonho, mas entre todas as correrias da vida a gente faz arte porque é ali onde a gente se sente vivo. São músicas que representam muito daquilo que a gente é, a gente teve que suar muito para soltar esses três sons que estão nas plataformas digitais. A gente precisa falar algumas coisas, quando a gente lançar o EP vai fazer mais sentido lá na frente, ele é autoexplicativo.
Foto: Vitória Gregianin