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A multiartista travesti Re Moraes veio para Florianópolis de Pelotas (RS) quando tinha 17 anos (hoje tem 22) e não demorou a se integrar à cena do rap da cidade. O seu primeiro contato com o microfone foi na Batalha das Minas, onde começou a rimar e logo recebeu o convite para participar da cypher “Dura”, ao lado de WARLLOCK, Zara Dobura, Dudazone e Ritsuka, que hoje é a sua produtora musical. Depois da estreia, que aconteceu em janeiro de 2021, a cantora e compositora seguiu sendo chamada para uma série de colaborações, incluindo a gravação de outras duas cyphers, que são uma reunião de MCs (de grupos ou artistas solos) na mesma faixa, e a coletânea “Desterro Hip Hop”, do selo Excuse Records, rimando com Mana Moa MC em “O que se é!” com beat da DJ Brum. Em maio deste ano, Re lançou seu o terceiro single, “Afropaty”.
A música, uma parceria na composição com Taye, foi produzida por Ritsuka e tem captação, mixagem e masterização por Xandi Pires, da Koé Records, que também foi responsável por toda a parte técnica do audiovisual (filmagem, edição e finalização). Re Moraes assina o roteiro do videoclipe, que narra uma viagem de ácido da artista em que ela se vê no palco cantando para uma multidão, mas depois aparece no próprio carro, deixando aberto se a imagem era um sonho ou algo que se realizou. “Afropaty” soa mais pop do que seus últimos lançamentos, “Na pista fritando” e “Ya me voy papi”, e o próximo single, “Lata de FQ”, terá outra pegada de som. A faixa, que ainda não tem data para sair, deve ganhar um visualizer. Em contato com o Rifferama, Re Moraes falou sobre a sua recente e crescente atividade musical.
— Nunca quis ou sonhei em cantar, fazer música. Eu queria ser artista, isso eu sentia por dentro. Conheci a Batalha das Minas e pouco tempo depois comecei a escrever algumas músicas com beat da internet. Depois de umas três vezes em que rimei fui convidada a participar de uma música, foi quando conheci a Ritsuka, ela disse que me viu rimando na batalha, que gostou muito e ficamos amigas. Ela criou o refrão de “Afropaty” e produziu o beat, e eu escrevi o resto. Faço outras parcerias, mas hoje é ela que produz as minhas músicas. “Afropaty” é uma coisa bem pop mesmo, mas não foi intencional. Antes meu som era bem rap, hoje estamos trabalhando com outros tipos de música, meu próximo single será voltado para as pessoas da cultura ballroom (saiba mais).
Ficha técnica
Composição: Re Moraes e Taye
Produção musical: Ritsuka
Captação, mixagem, masterização e produção audiovisual: Koé Records
Filmagem, edição e finalização: Xandi Pires
Roteiro: Re Moraes
Direção geral: Dudazone
Direção de fotografia: Akin Silveira
Assistência de fotografia: Kin Violenta
Iluminação: Chrystian Pinheiro
Beleza: Vitória Cristina
Figurino jeans: Afreakse
Figurino show: Esla Inc
Making Of: Crystian Pinheiro
Modelos: Jhu Florinho, Kamala Omobirin, Kin Violenta, Iguia Indra, João Lucas, Taye e Lucian Salles
Foto: Akin Silveira