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Repulsores encerra hiato de 17 anos com “Apocalipse falhou”

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O retorno de uma banda sempre deve ser comemorado. Principalmente se ainda mostra que tem algo a oferecer. Os primeiros dez anos da Repulsores, entre 1998 e 2007, foram de bastante atividade. O trio de Schroeder, município de 20 mil habitantes do Norte do estado, lançou duas demos e dois discos nesse período: “Possuído” (2002) foi gravado em Florianópolis, por Andrei Miri Leão, no saudoso AML Estúdio, enquanto “Proliferação do mal” (2007) teve produção de Deny Bonfante, em Blumenau. Rafael Wolf (voz e baixo), Maycon Giliolli (guitarra) e Marcio Elert (bateria) nunca deixaram de tocar juntos e chegaram a fazer alguns shows durante esse hiato, mas a decisão de voltar de verdade foi tomada em 2022. Antes de apresentar material novo, o grupo divulgou algumas gravações antigas, incluindo um cover dos contemporâneos e vizinhos do Fly-X, de Guaramirim.

“Apocalipse falhou”, publicado nas plataformas digitais no começo de dezembro, tem quatro faixas e mostra que a Repulsores tem muita lenha para queimar. O EP foi produzido por Rudolph Hille, guitarrista da Orthostat, de Jaraguá do Sul, e traz uma versão mais extrema da música da banda, que começou fazendo crossover, uma mistura do hardcore com o metal. O trio tirou o pé do acelerador, fazendo músicas mais cadenciadas e pesadas, soando mais thrash metal e com influência clara do Slayer. “Apocalipse falhou” não foi feito para comemorar os 25 anos da banda, apenas aconteceu, mas agora que a chama voltou a acender o grupo não quer mais parar. O objetivo da Repulsores é lançar mais um EP no primeiro semestre de 2025 e pegar a estrada. Em contato com o Rifferama, o vocalista e baixista Rafael Wolf falou sobre o retorno da Repulsores e a sonoridade de “Apocalipse falhou”.

— No primeiro álbum a gente era totalmente crus, não tínhamos uma sonoridade definida, que já tinha traços de crossover. A gente começou como uma banda de punk rock e foi migrando para estilos mais pesados. O segundo já considero bem legal. Em 2022 a gente decidiu ter uma frequência maior de ensaios e fazer mais shows e o negócio começou a ficar legal novamente, a gente viu que ainda tinha coisa pra mostrar. Fizemos uma música, depois outra, ficou com uma nova cara, mais thrash do que crossover, que sempre foi a nossa essência, mas sem perder a linha das músicas politizadas. A gente conheceu o Rudolph e surgiu a ideia de fazer um teste e gravar com ele, a gente se empolgou muito e foi atrás de fazer uma arte para lançar. Ficou muito bom, pesado e bem gravado. A gente quis fazer algo mais pesado do que rápido, algo mais cadenciado, e vamos compor mais músicas nessa mesma pegada para lançar material inédito em 2025. Queremos tocar muito mais do que nos últimos anos, em algumas cidades do estado e fora também.

Foto: Eny Elert

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

Um comentário

  1. Grande banda. Chegamos a tocar algumas vezes juntos. Representou demais esse novo ep

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