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A Dead Jungle Sledge divulgou “The One Who Burned Bleed”, segundo single do EP “Irrational Beings”, em 25 de abril nas plataformas digitais. Três dias depois, Gabriel Marca (voz e guitarra) e Lucas Gomes (voz e baixo) souberam do falecimento do ex-baterista Vinicius Pagnussat, que tinha voltado a morar em São Joaquim, terra natal dos integrantes, e perdeu a vida em um acidente de carro. A decisão de seguir tocando e lançar o registro foi a forma que os músicos encontraram de homenagear o amigo. “Para nós foi um puta baque, até hoje não tem como não pensar nele todo santo dia. Se ele estivesse na banda acho que a gente nem estaria mais tocando. O fato de ele ter saído antes talvez tenha preparado a gente para seguir em frente. O que restou foi dedicar o EP a ele, o som que está ali é dele, a energia dele. Era o mínimo que a gente poderia fazer”, contou o vocalista e guitarrista.
“Irrational Beings” traz uma sonoridade brutal, com referências de subgêneros como o djent, o deathcore e o death metal. A estética mais sombria da Dead Jungle Sledge está presente também no logotipo, que foi atualizado em relação ao álbum de estreia, “Unmask”, lançado em 2020. O metal alternativo dos primórdios do grupo, que tinha influência do grunge e do stoner, mas também do Sepultura, manteve o groove, mas ganhou contornos extremos. A mudança no som aconteceu por fatores não só musicais. Além da questão da busca por uma identidade e também o amadurecimento dos próprios integrantes, a banda se rotulou de metal extremo alternativo a fim de entrar na cena independente do estado. Em contato com o Rifferama, Gabriel Marca falou sobre a proposta sonora de “Irrational Beings” e os planos com a nova formação, que conta com Lucas Prado (guitarra) e JC Matias (bateria).
— “Unmask” teve um resultado bacana, foi bem produzido, mas era um álbum que começa no grunge e termina mais pesadão. A gente precisava formar uma identidade maior e construir o nosso som. É um bom disco, mas tem algumas músicas que dão esse gosto mais de grunge e stoner, e isso começou a atrapalhar. A gente queria tocar em eventos de metal, se inserir na cena, então naturalmente a gente foi pesando a parada, conhecendo outras influências para chegar nessa sonoridade que a gente estava buscando. No momento a gente pensa em continuar nessa pegada do metal extremo, a gente bota alternativo por não conseguir classificar a banda em um subgênero. Estamos compondo mais músicas e no começo do ano que vem queremos lançar até seis músicas. Vamos estrear essa nova formação em dezembro, com show em Floripa, saindo do hiato desses dois últimos anos. Nossa intenção é voltar mais forte do que antes.
Ficha técnica
Gabriel Marca: Voz e guitarra
Lucas Gomes: Baixo
Vinicius Pagnussat: Bateria
Captação de áudio: Matheus Henschel
Captação de áudio, mixagem e masterização: Leandro Lazzarotto
Captação de áudio instrumental, mixagem e masterização da faixa “Irrational Beings”: Dante Finardi
Foto: Isadora Stefano

 

 
								 
								