Rifferama Entrevista: Supercombo

Foto: Divulgação

A Supercombo, apesar de não ter disputado a fase final do Superstar, foi uma das bandas mais beneficiadas com a participação no programa. O grupo, que já tinha o seu público fiel, continua rodando o Brasil, mas agora tocando para muito mais gente.

Eles estiveram em Florianópolis no dia 21 de agosto, na Célula Showcase, e o Rifferama bateu um papo com o vocalista Leonardo Ramos, que falou sobre o momento da Supercombo, a conquista de novos fãs, além da expectativa para o lançamento do novo disco.

Impressionou também a humildade dos músicos. O baterista Raul de Paula não se importou em ficar no meio da galera, trocou ideia com os fãs antes e depois da apresentação e revelou a sua adoração pelo “Diorama” (Silverchair). Mesmo com o clima de matinê, pela quantidade de adolescentes presentes na Célula, a banda não aliviou e mandou ver.

Superstar

–  A Supercombo ficava no underground, tocando em casas de médio porte. O programa deu uma visibilidade muito maior, tocamos em cidades que nunca fomos, foi uma vitrine. Estamos felizes da vida, vamos lançar um disco novo. Não achava que a gente passaria da primeira etapa e ficamos em 10°. Não tem preço.

Relação com as outras bandas

– Somos amigos de todo mundo. A cada banda que caía era uma tristeza. Ficamos super felizes com a Scalene e a Versalle. Foi uma puta de uma vitória ver a galera crescer com a gente. Sem querer, o Superstar levantou uma cena, não do zero. Estamos no corre faz tempo, mas a família brasileira viu que tem música de qualidade no Brasil. Ainda tem Far from Alaska, Medulla, que não participaram do programa. Vemos o resultado disso nos shows, lotados. As pessoas estão consumindo.

Fãs adolescentes

O público mudou. A pessoa que não tinha coragem de ir num show de rock se sente mais à vontade. É uma opinião minha. O Superstar fez com que a música rock e o grupo X seja uma coisa mais familiar. Até o pai sabe qual é a banda e deixa o filho ir. Vemos muita gente assim no show, que conheceu a Supercombo no programa. Tem de tudo, é do caralho. Estamos muito felizes.

Disco novo

Amadurecemos musicalmente, nas letras também. Estamos trazendo outras coisas, um instrumental mais interessante. Disco é sempre tentativa e erro. Vai sair entre janeiro e março, terá de 12 a 14 faixas. Os fãs podem esperar de tudo, músicas dançantes, pesadíssimas, lentas, rápidas, será o mais Supercombo de todos, com todo mundo criando e tocando junto desde o começo. Vai ter mais cara de banda.

Nunca espero nada para não criar expectativa. Gosto de lançar e ver o que acontece. Ninguém está em clima de competição, gostamos de pagar para ver. Nunca imaginamos que “Piloto Automático” viria a ser uma música de trabalho, ou “Campo de Força”, “O Peso da Cruz”. A galera estava certa, era isso que tinha que ser mesmo e estamos mais ligados nesse tipo de coisa com o disco novo.