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Antes de divulgar as suas próprias canções, no álbum “De repente 30”, lançado em 2019, a cantora, pianista e compositora Arele Vachtchuk tinha um grupo de música infantil chamado Maria Farinha, dava aula na escola da Camerata Florianópolis e se apresentava com o marido, Victor Pradella. Até então, nunca havia parado para escrever. Depois de algumas participações em festivais, Arele teve uma filha, Elis, veio a pandemia, e os seus planos foram acontecendo em outro tempo. Nos últimos quatro anos, a artista lançou seis singles, todos com videoclipe. “Como estava lançando pouca coisa, queria fazer bem produzido. Componho já imaginando o clipe”, afirmou. Em “Etimologia de Arele”, seu mais novo trabalho, apresentado em julho, em áudio e vídeo, a cantora e pianista retorna ao objetivo de quando começou a compor, que era fazer shows e mostrar a sua música gentil para o público.
Gravado ao vivo no Person Music, “Etimologia de Arele” traz 12 músicas, algumas releituras das suas composições, além do repertório do EP “Rio de lágrimas”, que deve ser lançado mais para o fim deste ano. A apresentação tem esse tom intimista, com canções reflexivas e mistura o piano erudito com a sua paixão pela música brasileira e outros gêneros como jazz e blues. A ideia do show, que foi realizado graças a um financiamento coletivo, era fazer algo performático, não somente tocar e cantar: Arele quis contar uma história e teve o auxílio de Rodrigo Marques na direção artística para pensar em todos os detalhes como cenário, figurino, maquiagem e iluminação — veja a ficha técnica completa abaixo. Em contato com o Rifferama, a artista falou sobre “Etimologia de Arele” e também a iniciativa de incluir as inéditas do seu próximo trabalho no repertório.
— Quando chegou no quarto ano da Elis, ela começou na escolinha e tive um momento de pensar, como tive essa longa pausa, pude escolher onde queria voltar o meu foco, gostaria de fazer shows e fui atrás de um curso sobre carreira musical. Quando comecei a pensar no formato desse show quis que ele fosse mais acessível para tocar por aí. Queria fazer um show teatral, inserir elementos que lembrassem os clipes, foi legal construir a direção artística com o Rodrigo Marques. Junto com o show eu queria lançar as músicas do EP “Rio de lágrimas”. São músicas bem diferentes do que já fiz antes, de um lado mais triste meu, rio de lágrimas era o meu apelido de criança, fala da minha sensibilidade para as coisas. Por isso que fiz o figurino meio a meio, um lado preto e outro colorido, sou essa mistura. Tentei escolher um repertório que contasse a minha história e quis colocar as novas para ter um material novo.
Ficha técnica
Áudio
Composição, piano e voz: Arele Vachtchuk
Captação de áudio: Victor Pradella
Mixagem e masterização: Gabriel Reinert
Vídeo
Iluminação: Gabriel Guedert
Direção de vídeo e câmera: Filipe Matos
Câmeras: João Dias, Richard Lino e Victor Michelato
Produção artística: Rodrigo Marques
Maquiagem: Nick Scalzo
Fotos: Rafael Soares
Figurino: Sol Figurino Artístico
Locação: Person Music