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Skrotes lançam “Matadeiro” com show na Ponte Hercílio Luz

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A principal novidade em relação a “Matadeiro”, quarto álbum dos Skrotes, lançado na última sexta-feira (8) nas plataformas digitais, na verdade, é uma certeza. Enquanto Igor de Patta (teclas), Chico Abreu (baixo) e Guilherme Ledoux (bateria e percussão) tocarem juntos, a magia acontece. “O que dá tesão na galera de fazer esse som é a identidade alcançada. É isso que manteve a banda nesses 15 anos”, afirmou Abreu ao Rifferama. Mas o sucessor de “Tropical Mojo” (2017) também avança em questões como sonoridade e performance. O trio aprendeu a curtir mais os temas e a música da banda está soando menos frenética, sem aqueles sintetizadores distorcidos que eram marca registrada dos Skrotes. As nove faixas do disco expandem a paleta sonora do grupo, com a psicodelia e a brasilidade de mãos dadas. Esteticamente, “Matadeiro” soa limpo, mais orgânico e percussivo — e tecnicamente impecável.

O processo de produção também foi decisivo para o som que os Skrotes tiraram no álbum. Ao contrário de “Tropical Mojo”, que teve muitas gravações adicionais (overdubs) a pedido de Edu K, produtor do disco, em “Matadeiro”, que foi captado no Ouié Studio, na Armação, tudo que se ouve nas músicas foi tocado, não tem nenhuma programação. Dessa vez foram feitos overdubs para “engrossar o caldo e fazer a sonoridade acontecer”, segundo o baixista. Outro ponto que o novo trabalho se destaca é a busca por reproduzir o que a banda faz ao vivo, deixar o som mais próximo da experiência que é assistir os Skrotes. Orgulhoso do resultado, o trio faz o show de lançamento neste domingo (17), às 17h, na Ponte Hercílio Luz, pelo Desterro Autoral Na Rua. Em contato com o Rifferama, Chico Abreu falou sobre as diferenças que “Matadeiro” traz e a relevância desse material, o melhor na trajetória do grupo.

— O “Tropical Mojo” tem muita coisa que o Edu K trabalhou em estúdio depois. Ele mandava gravar umas linhas e a gente só descobriu o motivo depois de ouvir a mixagem. Teve esse trabalho que ele fez sozinho em cima das músicas. Fizemos muito overdub agora, mas já era dentro de um mapa que a gente tinha, a pesquisa por um som mais orgânico dessa vez. Tivemos que deixar algumas coisas para trás para fazer diferente. Agora conseguimos desenvolver melhor os climas, curtir uma onda sem ficar trocando a cada oito compassos. “Matadeiro” está muito orgânico, bem vivo. Uma coisa que sempre falavam dos Skrotes é que gostavam de ir no show. Não que o disco fosse ruim, mas a galera não sentia a mesma coisa de ver a banda ao vivo. Esse álbum foi o que chegou mais próximo do que é essa experiência do que somos ao vivo. É o nosso melhor disco, ainda bem, se depois de sete anos sem gravar a gente sentisse que o último era o melhor, era hora de parar. 

Foto: Pedro Malamam

Daniel Silva é jornalista e editor do portal Rifferama, site criado em 2013 para documentar a produção musical de Santa Catarina. Já atuou na área cultural na administração pública, em assessoria de comunicação para bandas/artistas e festivais, na produção de eventos e cobriu shows nacionais e internacionais como repórter de jornal.

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